O cineasta que gosta de provocar
o público a todo instante com suas ideias, desta vez aborda a sexualidade sem
medo dela ser vista de maneira aberta, nua, crua e sem cortes.
Anunciado como pornô, nem de longe o filme representa
o gênero. Von Trier sabidamente atraiu os holofotes e encheu críticos
especializados ao anunciar o projeto: "Ninfomaníaca”. Com o tema da ninfomania, (a sexualidade levada ao extremo, a
idealização do êxtase, do gozo absoluto), o diretor explora o domínio da
sexualidade completamente sem cortes, a cada instante gerando um grande constrangimento
no público.
Arrogante e debochado, o
roteiro consegue reunir um conjunto de ações envolventes, além de diálogos para
lá de antológicos que deixam o público fascinado por essa história.
Feito para chocar, o aguardado
e polêmico trabalho do diretor dinamarquês Lars Von Trier, é uma obra-prima que
será alvo de discussões durante longos anos. Nem nos delírios mais otimistas do
ser humano, “Ninfomaníaca” permitirá a ideia de um filme simplesmente sexual. É
justamente por isso que sua beleza se encaixa perfeitamente na frustração das
expectativas dos que adentram a sala.
Irônico em alguns momentos, o
filme combate a sociedade do amor com êxito, comparando o poder da mulher a uma
ninfa (inseto) em fase inicial.
Nesse primeiro corte, somos
surpreendidos com o inusitado encontro entre Seligman, um homem simples e
inteligente que resgata Joe nas ruas após uma agressão. Joe então começa a contar
sua história sexual para Seligman.
Conforme conta sua história, sua vida é ilustrada. E ai, que vemos como o personagem
desenvolveu essa doença, em uma competição sexual entre amigas, em um frenesi
louco!
Durante o seu decorrer vemos a
direção que a vida do personagem cresce, junto com os coadjuvantes que aparecem
neste corte e contribuem para contar essa história. Vale mencionar que Uma
Thurman é um dos grandes destaques do filme junto com Shia LaBeouf!
Completamente trivial, no
ritmo que o diretor impõe em seus filmes, “Ninfomaníaca” é definido pelos diálogos entre os dois
personagens principais. O sarcasmo faz parte dele, levando o público a gargalhadas
entre um raciocínio e outro.
A vida de Joe, é algo que confina com a desordem mais completa. A sua não relação com a solidão, permite que ela desenvolva a falta de amor
próprio e uma certa melancolia. Uma
situação angustiante como as histórias de Edgar Alan Poe (citado no
filme)!
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