A combinação de dois cineastas, o mineiro Cao Rodrigues e o pernambucano Marcelo Gomes resultou em um filme experimental de sensações com o tema solidão. Enquanto Juvenal representa a solidão do isolamento, Margô representa a solidão virtual.
A estética já nos tira do conforto habitual do formato cinemascope. Tudo é projetado como se fosse uma foto de polaroide dos anos 70. Todo o filme é projetado na tela como um retângulo na vertical.
O filme mostra uma narrativa mais lenta e os atores não são conhecidos do grande público, mas fazem um bom trabalho. A edição é bem feita e a fotografia em tom pastel dá uma leitura de falta de cor na vida dos personagens. Assim como a linha central da trama, o trem em Belo Horizonte, na capital mineira. O trem simboliza os caminhos percorridos, as idas e vindas e cada elemento usado pelos diretores em cena tem um significado para discutir sobre quem são aqueles personagens e que querem.
Esse filme vai agradar um público mais interessado em cinema experimental.
Por: Andrea Cursino
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