Baseado na
história real durante o processo da ditadura para a democrácia, o filme conta a história de uma das gangues mais conhecidas da Argentina, os Puccio,
conhecidos por sequestrar e matar várias pessoas no inicio da década de 80.
O clã era composto pelo pai da família,
Arquímesdes (Guillermo Francella), seus dois filhos, Daniel e Alejandro (Peter
Lanzani), o militar aposentado Rodolfo Franco e mais dois amigos, Roberto Oscar
Díaz e Guillermo Fernández Laborde.
O filme
conta com a Direção impecável de Pablo Trapero (Leonera, Abutres e Elefante Branco) , um Roteiro
envolvente e instigante, ótimas atuações e uma Direção de Arte digna da época, “O
Clã” deixa o expectador inquieto, curioso e angustiado.
O roteiro é bem construído, a narrativa é pesada e
os personagens se constroem ao longo da trama, de forma a surpreender cada vez
mais, seja por mostrarem inocência e fazerem sentir compaixão, ou por causar
ódio nessa relação familiar , diria que inusitada.
A trama que segue de forma conturbada, com cenas
sarcásticas e planos-sequência maravilhosos também conta com o cineasta
espanhol, Pedro Almodóvar,
na produção.
Além de ser o indicado argentino a uma vaga no Oscar na categoria melhor
filme estrangeiro, o longa foi contemplado nos festivais de Toronto e de
Veneza. Neste último, Trapero levou para casa o Leão de Prata de melhor diretor.
Um
fato curioso: Arquímedes teria declarado que adoraria encontrar o diretor do
filme para contar a sua versão dos fatos, ao saber da intenção de Trapero de
levar sua história para os cinemas. No entanto, o chefe do clã morreu antes
desta reunião. Quem teve a sorte
de conversar com ele foi o jornalista Rodolfo Palacios, autor do livro “El Clan
Puccio – Historia Definitiva”.
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