Décadas após a queda de Darth Vader e do Império, surge uma nova ameaça: a Primeira Ordem, uma organização sombria que busca minar o poder da República e que tem Kylo Ren (Adam Driver), o General Hux (Domhnall Gleeson) e o Líder Supremo Snoke (Andy Serkis) como principais expoentes. Eles conseguem capturar Poe Dameron (Oscar Isaac), um dos principais pilotos da Resistência, que antes de ser preso envia através do pequeno robô BB-8 o mapa de onde vive o mitológico Luke Skywalker (Mark Hamill). Ao fugir pelo deserto, BB-8 encontra a jovem Rey (Daisy Ridley), que vive sozinha catando destroços de naves antigas. Paralelamente, Poe recebe a ajuda de Finn (John Boyega), um stormtrooper que decide abandonar o posto repentinamente. Juntos, eles escapam do domínio da Primeira Ordem.
Não
existe franquia ou saga que leva multidões `as salas de cinema, que fatura tão
alto com produtos licenciados, que dura quase 40 anos e que principalmente traz
tanta paixão e afetuosidade de seus fãs fieis ou até mesmo os cativados ao
longo do caminho como Star Wars.
O
sentimento em torno da série, e
principalmente da trilogia clássica é algo mítico e perdura gerações. Star Wars
não é apenas sobre naves e brigas de sabre, a saga espacial não deixa de ter
seus traços novelescos aonde em uma galáxia distante repletas de raças
distintas tudo se resume `a uma arvore genealógica e a eterna luta do bem e o
mal dentro dela. Além disso, o universo criado por George Lucas é tão grande e
fabuloso capaz de ser temas de livros, quadrinhos, jogos e histórias infinitas
em tempos diferentes e sem precisar usar a família Skywalker como arco
principal. Tal fenômeno não existe nem na literatura ou na cultura geek, nem
mesmo Marvel ou DC, que possui personagens em habitats distintos que por acaso
em momentos se encontram, mas que precisa do carisma de seus personagens para
que ocorra. Não por menos já foram anunciados diversos filmes de Star Wars,
Spin Offs com histórias paralelas.
Mesmo
com o fã de Star Wars sendo alimentado `a todo tempo com produtos diversos,
além de boas séries animadas, ele precisava e merecia se sentir novamente como
na franquia que se iniciou em 77. O clamor para saber o que acontecerá com os
personagens era geral.
George
Lucas no entanto preferiu contar a história do jovem Anakin antes de se tornar
o vilão mais famoso e emblemático, Darth Vader.
Diferente
da maioria dos fãs eu não considero a saga que engloba o episódio I,II e III um
fracasso total. Ela tem sim suas qualidades e boas intenções, mas a trama mais
séria com desenvolvimentos políticos enfadonhos (não se pode esquecer que antes
de tudo, Star Wars é uma franquia infanto juvenil) e o péssimo uso de efeitos
visuais e CGI exagerados e extremamente lavados sem proposito algum
desfavorecem `a saga e não contribuem verdadeiramente para a mitologia dos
Skywalkers.
Chegamos
então ao presente e com a escolha mais acertada após a venda da Lucas Filmes
para a Disney, continuar a saga após “O Retorno de Jedi” se passando mais de 30
anos após o filme e contando com os personagens que tanto amamos. Na verdade
todas escolhas foram as mais acertadas possíveis., desde J.J Abrams na direção, assim como o retorno
do roteirista Lawrence Kasdan, do elenco e de trazer cenários reais e
explorando o CGI apenas no necessário.
“Star
Wars: O Despertar da Força” não é só o filme que o fã da série precisa, é o
filme que o mundo precisa. Aonde não só
estabelece uma nova trilogia fiel e entretenimento de primeira, como
também dá poderes as mulheres com uma protagonista de força e talvez a mais
importante até o momento na história do cinema. É um tremendo passo a frente.
O
filme tem sim vários elementos da saga clássica, assim como a estrutura de “Uma
nova esperança” conhecida como a jornada do herói. Mas o filme não é um remake.
Brilhantemente ele traça um paralelo para que possa então se distanciar e
contar suas próprias histórias.
Vamos
sim acompanhar os personagens clássicos, mas não com tanto protagonismo, afinal
esses são outros tempos na galáxias e precisamos de outras esperanças e pra
isso se é necessário viradas e até algumas tragédias para que a trama possa ser
crescer e que o episódio VII seja mais urgente, o que infelizmente falta nesse
filme. A primeira ordem que é a ameaça, e até mesmo o novo vilão Kylo Ren não
tem sua presença tão forte ao longo da projeção, isso não quer dizer que Kylo
não tenha sua importância, mas ele não tem a mesma “força” que Vader, ou até
mesmo o carisma. Mas algo que pode ser futuramente e brilhantemente trabalhado
é o desenvolvimento dele, já que aqui ainda aparece como um vilão em tratamento.
A
comparação da protagonista Rey e o do vilão Kyle, ambos em desenvolvimento e
crescimento é uma ótima jogada que pode render bons frutos.
É
revigorante ver que a franquia encontrou novo folego e se sentir como no
primeiro filme de 77. Com novos personagens fantásticos, um visual belíssimo e
um história que se for bem trabalhada daqui pra frente pode até superar a
trilogia clássica.
Claro
que o filme não é perfeito, tem seus furos, a necessidade de correr em momentos
importantes que precisavam ser explicáveis. Na verdade o maior problema desse
novo filme é a falta de explicação. Alguns são propositais para gancho da nova
trilogia e já outros são descasos mesmos, mas nada como retornar para essa
galáxia tão distante.
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