Blog de cinema criado em 2008 com o intuito de falar sobre a Sétima Arte.
Hoje em dia tenho acesso as cabines de imprensa (sessões para jornalistas, apenas) antes dos filmes entrarem em cartaz. Aqui vocês também podem encontrar especiais, notas e um pouco dos bastidores do cinema. Divirtam-se!
Baseado na clássica
peça homônima, de August Strindberg, Liv Ullman leva as telas a relação entre a filha
de um Barão com seus empregados. Um deles é Jean (Colin Farrell), que é incentivado à seduzi-la.
A peça é
transportada para as telas completamente! Tudo em cena é muito teatral, o texto é fiel ao clássico o que não se adapta aos dias de hoje, infelizmente.
O filme se passa no
verão de 1890, durante uma marcante noite no Condado de Fermanagh, onde Chastain interpreta brilhantemente uma instável
filha da aristocracia anglo-irlandesa.
Escrito e dirigido pela
lendária atriz Liv Ullmann, “Miss Julie” peca na falta de ritmo e de dinamismo,
o que segura o filme são as ótimas atuações de Colin Farrell, Samantha Morton e
Jessica Chastain, que está impecável em cena!
Se você está
esperando as típicas comédias pastelão estreladas por Adam Sandler, esqueça!
Adam Sandler tem melhorado seus papeis com papéis
mais complexos, deixando de lado aqueles personagens de homem de trinta, que
tem complexo de adolescente irresponsável, é exatamente o que acontece em “
Trocando de pés”.
Nessa nova
produção, somos agraciados com uma boa história e um simples roteiro e redondinho,
nele o personagem do ator tem carga
dramática, o que exige do ator um novo lado que estamos começando a conhecer,
uma boa atuação (“Homens, mulheres e filhos, “Click” e “Reine sobre mim”).
Tudo é bem encaixado, do drama às piadas, além de prender
a atenção do espectador .
Como é de praxe Steve Buscemi está no longa, mas
dessa vez, em um personagem contido e responsável, (não se assuste!) e a participação
de Dustin Hoffman é emocionante e de arrancar lágrimas. Seu personagem tem um
papel importante na trama.
O filme pode até ter uma pegada meio fantasia
non-sense, tem um certo quê de “Click”
e uma certa homenagem à cultura judaica, alias o filme é cheio de
elementos judaicos, desde o roteiro à trilha sonora.
Vale a pena conferir! Não esqueça a pipoca (e o
lenço)!
A primeira
obra cinematográfica dirigida pelo ator Russel Crowe chega aos cinemas!
Um pai de família, do interior da Austrália, viaja
à Turquia para descobrir qual foi o destino de seus três filhos, desaparecidos
na Batalha dos Dardanelos, a campanha dos Aliados para derrubar o Império
Otomano na Primeira Guerra Mundial.
Conhecida também como Batalha dos Dardanelos, essa
disputa ocorreu de 25 de abril de 1915 à 9 de janeiro de 1916, na península de
Galípoli, Turquia, foi uma das campanhas
mais trágicas da Guerra das Guerras.
A obra não adiciona nada de original ao gênero,ainda assim, é um drama de
guerra eficiente por abordar um assunto muito pouco explorado nos cinemas.
Mesmo que inspirado em fatos reais, o filme é cheio de momentos clichês e diálogos previsíveis.
Crowe, ao contrário do que estamos acostumados,
está leve em cena e na direção também. O ator que normalmente, veste
personagens pesados, agrada tanto na direção e na atuação, junto com os
movimentos de câmera são pontuais e precisos.
Entre a Fotografia
estupenda e belas paisagens, uma edição de som bem feita e Direção de Arte e figurino
bem compostos, o filme com certeza terá indicações ao prêmios técnicos do Oscar
do ano que vêm. Já a trilha sonora segue ladeira à baixo, com seus exageros.
O preparador de elenco de “O Som ao Redor“,
Leonardo Lacca realiza a sua estreia em longa-metragem com um roteiro de sua
própria autoria inteiramente ambientado em São Paulo.
O filme é a continuação do curta “Décimo segundo” do diretor, que conta a
história de Ivo, um fotógrafo do Recife, que vai fazer uma exposição em São
Paulo e se hospeda na casa da ex-namorada Rita, hoje casada com outra pessoa e
com a vida estabilizada.
“Permanência” tem um quê de “O som ao redor” na sua
dinâmica. É um filme pontuado por vazios, por silêncios ensurdecedores.
Filmes fotográficos são revelados e as manchas de café surgem como
memórias permanentes do passado, assim o filme aborda o reencontro dos dois e
os efeitos desse encontro. De alguma forma a relação de Ivo e Rita ainda
existe, e sempre existirá, mas o afastamento foi inevitável, e seria em
qualquer circunstância. O que resta é lidar com a permanência do sentimento.
A trama é firme e segura, tem um conceito narrativo
bem construído e envolvente.
O longa pernambucano foi o vencedor do 19º Cine PE Festival do
Audiovisual, conquistando os prêmios de melhor filme, atriz (Rita Carelli),
atriz coadjuvante (Laila Pas), ator coadjuvante (Genésio de Barros) e diretor
de arte (Juliano Dornelles).
Depois que a
famosa “Falha de San Andreas” finalmente cede, provocando um terremoto de
magnitude 9 na Califórnia, um piloto de helicóptero de busca e resgate é obrigado a fazer junto com sua ex-esposa, o caminho de Los Angeles para São Francisco, tentando
salvar sua única filha, porém a jornada é traiçoeira .
Filmado em
locações em Gold Coast e Brisbane, que ficam em Queensland, na Austrália, e em
Los Angeles e São Francisco, “Terremoto: A Falha de San Andreas” é o típico
filme catástrofe com os velhos clichês do gênero. Dirigido por Brad Peyton, o
filme tem um roteiro previsível e ótimas tiradas nos diálogos.
Tanto a equipe
criativa e fotográfica estão de Parabéns! O filme que exige bastante dos
Efeitos Visuais, depende completamente deles para acontecer. Alias, só tem tops
de linha por de trás das câmeras: o diretor de fotografia Steve Yedlin (“Looper
– Assassinos do Futuro”), o designer de produção Barry Chusid (“O Dia Depois de
Amanhã”), o editor Bob Ducsay (“Godzilla”), o produtor de efeitos visuais Randall
Starr (“No Olho do Tornado”) e o supervisor de efeitos visuais Colin Strause
(“Os Vingadores”).
O filme e cumpre
bem a função de entreter, e daria um ótimo brinquedo na Disney!
Baseado na aclamada obra do escritor britânico Tom Rob Smith, “Criança
44” é o primeiro livro de uma trilogia envolvendo o personagem Leo Demidov
– que segue com “The Secret Speech” e “Agent Six”.
A trama situa a história na Rússia Soviética de Stalin, durante a década de
1950 e também apresenta a caçada ao maníaco Andrei Chikatilo (no filme
modificado para Vladimir Malevich), que ficou conhecido como o Estripador de
Rostov, o Açougueiro de Rostov e o Estripador Vermelho, que foi condenado e executado pela morte de 52
crianças.
No meio disso, existe a possibilidade da esposa do protagonista fazer parte
de algum esquema alternativo ao governo. O casamento precisa ser mantido em
segredo, e quando a dúvida de traição recai sobre a mulher, o protagonista se
vê com um grande peso nos ombros: privilegiar o amor, mesmo correndo o risco de
estar enganado, ou seguir com os deveres patrióticos?
Assim Demidov é relocado para uma pequena cidade, longe de Moscou. A
fragilidade do relacionamento dos personagens de Hardy e Rapace dentro do
regime ditatorial daria um filme por si só, mas “Crimes Ocultos” ainda reserva
outras subtramas, ai começa o grande problema do filme.
O principal defeito do filme de Daniel Espinosa (“Protegendo
o Inimigo“) é a falta de foco, diante das histórias à serem contadas, falta equilíbrio e dinâmica.
A construção dos personagens, suas motivações e arcos (em especial da dupla
protagonista) são fortes. No entanto, “Crimes Ocultos” (com seus 137 minutos)
parece nunca conseguir se desamarrar estruturalmente do lugar comum.
“Crimes Ocultos” fica entre um thriller policial e
um drama tendendo ao suspense, mas por problemas no roteiro de Richard Price (“O
Preço de um Resgate“), que não cria cenas verdadeiramente memoráveis, o
filme se perde, mesmo com coadjuvantes de luxo como Gary Oldman, Joel
Kinnaman, Jason Clarke e Vincent Cassel.
O que você faria se o seu
corpo jamais envelhece-se? Quantos dilemas você enfrentaria? A vida deixaria de
ter graça em algum momento?
“A incrível historia de
Adaline” conta a história da jovem Adaline Marie Bowman, que nasceu
no primeiro dia do ano de 1908. Ela viveu todas as experiências da infância, da
juventude e do início da vida adulta como qualquer pessoa de sua época.
Namorou, casou, teve uma filha, construiu uma família, até que em meados dos
anos 1930, sofreu um acidente de carro, que a fez imune à devastação do tempo e
não envelheceria mais nenhum dia. Depois de anos de uma vida
solitária, ela conhece um homem que despertará sentimentos adormecidos, que
mudará sua história para sempre.
Com um quê de “O curioso caso
de Benjamin Button”, o filme está longe de ser uma grande produção. “A incrível
historia de Adaline” tem uma premissa boa que poderia ser muito melhor
trabalhada, mas acaba indo para o gênero romance, deixando de lado a oportunidade
de se fazer um boa história com um bom roteiro (mesmo com a explicação física e
biológica para a “mágica” do filme). O longa é simples, bonitinho e conveniente
para o público feminino, que vai adorar.
Com direção de Lee Toland Krieger (“Celeste e
Jesse Para Sempre”), “A incrível história de Adaline” possui Direção de Arte e o figurino
são impecáveis, como em “O curioso caso de Benjamin Button”e a atuação de Blake
Lively que está bem no papel e consegue nos emocionar.
Baseado na obra
do escritor angolano, “O Vendedor de passados” inspira o filme homônimo, com
direção de Lula Buarque de Holanda, e protagonizado por Lázaro Ramos (premiado no 19° CinePE) e
Alinne Moraes.
A adaptação
conta a história de Vicente, que ganha a vida de um jeito inusitado: vende
passadospara clientes que desejam modificar sua história. Até que
surge uma linda e misteriosa mulher, com um pedido muito especial: sem dar a
Vicente nenhuma informação de sua história, ela encomenda um novo passado,
partindo do zero. Sua única exigência é ter cometido um crime.
Com uma breve lembrança de “Brilho eterno de uma mente
sem lembranças”, “O Vendedor de Passados”
tem uma proposta interessante, mas que poderia ser melhor finalizada. A produção perde o rumo próximo ao fim, sensação que fica perceptível pelo corte brusco da narrativa. O filme transita por diversos gêneros, talvez seja esse o grande pecado dele, mesmo tendo traços de comédia e romance, o que dá até uma certa leveza, ele deixa a sensação de que falta algo no ar. Com boas
atuações (a carga dramática dos personagens é boa), uma Direção de Arte que chama atenção pelos objetos colecionáveis, (é um momento delicioso de se ver!!!), a produção é rica em detalhes, sem dúvida alguma, um belíssimo trabalho de objetos cênicos envolventes que de fato ajudam o espectador a “entrar” no filme, já a trilha sonora é completamente desconexa com o filme.
Sem dúvida
alguma, é um filme sobre fragmentos, uma reflexão sobre a construção da memória
e seus equívocos.
Como um Don Quixote e um Sancho Panza modernos, Sam e Jonathan estão
cansados da vida que estão vivendo como caixeiros-viajantes. Eles vendem
objetos inovadores e artefatos engraçados que mostram uma percepção sobre o
mundo caótico do presente, o passado e o futuro – um mundo de sonhos e
fantasias.
Os dois nos conduzem por uma jornada caleidoscópica através do destino
humano. É uma viagem que revela a beleza de momentos únicos, a insignificância
de outros, o humor e a tragédia escondidos dentro de nós, a grandeza da vida e
a derradeira fragilidade da humanidade. Vidas diversas e circunstâncias que
desfilam à nossa frente, nos lembrando ambas da grandeza da vida e da
vulnerabilidade do homem.
O filme vencedor do Festival de Veneza 2014, nos conduz por uma jornada caleidoscópica através do destino humano. É uma viagem que
revela a beleza de momentos únicos, a insignificância de outros, o humor e a
tragédia escondidos dentro de nós, a grandeza da vida e a derradeira
fragilidade da humanidade.
O filme critica a mesmice da raça humana e como
clássico do diretor apresenta um humor negro, junto à reflexão. Vale a pena
conferir!
MAD MAX está de
volta em forma de reboot! Agora com Tom Hardyno papel que foi deMel
Gibson, o filme volta as telas do cinemas, bem mais
violento que o primeiro.
Os planos para o novo filme da franquiaMad
Max sofreu, por 25 anos, dificuldades financeiras
para ser iniciado. Em 2003, o cineastaGeorge Miller (diretor dos quatro filmes)anunciou que o roteiro para o filme
tinha sido escrito, e que a pré-produção estava nos estágios iniciais.
Agora, doze anos depois o filme, enfim, chega as telas.
Numa paisagem desértica e pós-apocalípticaa humanidade luta
por suas vidas. Uma dessas pessoas é Max, um homem durão e de poucas palavras. Assombrado por seu passado turbulento,
ele acredita que a melhor maneira de sobreviver é vagar sozinho, no entanto, é levado
por um grupo em fuga através de Wasteland em um carro de guerra dirigido
por Furiosa (Charlize em ótima atuação!),
uma mulher de atitude que acredita poder sobreviver ao
cruzar o deserto de volta para sua terra natal, em
busca de redenção e esperança.
Com um
roteiro direto e objetivo (em outras palavras, fraco), boas atuações e uma direção competente, o filme agrada o espectador. A fotografia é impecável, junto com a paisagem local, os Efeitos Visuais são espetaculares, junto com a maquiagem exuberante e a caracterização dos atores, assim o filme entretêm do começo ao fim, você nem sente o tempo passar.
Blockbuster
de primeira! Não esqueça a pipoca! P.S. Recomendo ver em IMAX!
Se você está pensando que irá ao cinema ver a continuação
do filme estrelado por Lilia Cabral, esqueça?
O filme, ao contrário do que muitos podem pensar, não é
uma continuidade de “Divã”.
O diretor Paulo
Fontenelle é quem senta no lugar de José Alvarenga Jr., uma mudança que nada
agrega. Se no primeiro filme a quarentona Mercedes (Lília Cabral) teve certas
incertezas quanto à felicidade depois de procurar um analista, em “Divã à 2” a
crise afeta um jovem casal que decide resolver as diferenças com terapia.
As semelhanças entre os dois longas param no título,
apagando qualquer vestígio do texto original de Martha Medeiros.
“Divã à 2” conta a história de Eduarda e Marcos, um
casal em crise que recorre à terapia para tentar salvar a relação de dez anos.
A narrativa intercala depoimentos de Eduarda e Marcos ao terapeuta,
separadamente com as situações do dia-a-dia, que com o tempo desgastaram a relação,
lembrando ta montagem de “Sr. e Sra Smith” com Brad
Pitt e Angelina Jolie.
Vanessa Giácomo e Rafael Infante, desempenhando o papel
do casal que resolve digerir seus problemas familiares, estabelecem uma
sincronia tão saborosa quanto um copo de água. Insípido e na temperatura
ambiente. Eduarda é uma ortopedista super comprometida com as complexidades do
esqueleto humano, enquanto Marcos ocupa seus dias como produtor de eventos.
Cientes da estagnação do casamento, os dois decidem pela separação. Ponto de
ruptura que funciona como porta de entrada para as velhas mesmices.
Para captar o interesse do espectador, o roteiro
recorre a uma virada que até consegue sacudir o marasmo, mas nada tão efetivo a
ponto de tirar o filme do limbo da banalidade.
Por alguma destas coincidências, A Estrada 47, filme sobre a participação de um grupo de soldados brasileiros na Segunda Guerra, de Vicente Ferraz, chega aos cinemas na mesma época que o jornalista William Waack relança "As Duas Faces da Glória", livro que desmistifica a participação do Brasil no mesmo confronto. Repórter competente, ele foi à Europa entrevistar sobreviventes, revirou arquivos e jornais até esbarrar em uma verdade inconveniente: a de que os militares que tomaram o poder em 64 engrandeceram os feitos tupiniquins em solo italiano com a intenção de usá-los como bandeira do novo governo. Não que os pracinhas não tenham tido nenhum mérito, tiveram, sim. Por outro lado, muitos soldados do outro lado do fronte desconheciam a participação dos nossos compatriotas.
Mesmo que em determinados momentos fique claro, de acordo com a fala de alguns personagens estrangeiros, o desconhecimento em relação à presença dos brasileiros na guerra, Ferraz não fez um filme totalmente alinhado com o livro de Waack. Contudo, isto não quer dizer que o cineasta tenha seguido a cartilha da maioria das obras de Hollywood e realizado uma louvação à pátria da qual os milicos da ditadura se orgulhariam. Não. Seu longa-metragem se posiciona em uma zona neutra, onde o mais importante não são os tiros, escassos e resumidos a praticamente duas cenas. Seu foco é o destino de cinco bravos homens, tenente Penha (Julio Andrade), sargento Laurindo (Thogum Teixeira), Guima (Daniel de Oliveira), Piauí (Francisco Gaspar) e o jornalista Rui (Ivo Canelas); em meio à missão de desbloquear uma estrada minada, eles lutam por algo muito maior: sobreviver.
Ao optar por contar esta história, o diretor evoca um dos melhores e menos conhecidos filmes de guerra: "Agonia e Glória" (1980), do cineasta maldito Samuel Fuller. As semelhanças entre ambos são evidentes. Cinco homens e a luta pela sobrevivência. Tudo narrado pelo prisma de um deles, neste caso, o personagem de Daniel de Oliveira. Outra semelhança é o capricho técnico das duas produções. Assim como no clássico americano, A Estrada 47 foi rodada no local onde a trama se desenrola, a Itália. Não foi poupado um único centavo nesta que é a primeira superprodução deste tipo feita por aqui. Logo, uma película única na cinematografia nacional em que o belo trabalho de design de produção e a fotografia (um pouco escura apenas na cena inicial) ajudam a mergulhar o espectador no clímax da ação.
Com roteiro de autoria do próprio Ferraz, reside aí o calcanhar de Aquiles do longa-metragem: os diálogos, que vão do tosco ao comovente com imensa facilidade. Em seu melhor momento, em uma tomada feita dentro de um tanque, Piauí e sargento Laurindo usam o futebol como linguagem universal para se entenderem com um prisioneiro alemão (Richard Sammel, que atuou em ‘Bastardos Inglórios’, 2009, de Tarantino). Infelizmente, em outras passagens, o texto abusa de um humor forçado, e até inconveniente, para situações de grande tensão. No entanto, nada capaz de ofuscar o brilho de um raríssimo exemplo de filme de gênero feito no Brasil.
Inspirado no longa sérvio “Morte de um homem nos Bálcãs”, conta
a história de como os vizinhos reagem a um suicídio no prédio. Cheio de situações
inusitadas e divertidas, o filme cumpre bem a função de entreter seu
espectador.
Um filme
tecnicamente simples, filmado em um único plano sequência. A trama se desenrola na frente
da câmera como um teatro filmado, (o enquadramento só é mudado quando
“acidentalmente” um dos personagens “esbarra” na câmera, alterando assim o
ângulo e o campo mostrado).
Os personagens entram e saem rapidamente da trama, tudo com
muita agilidade em cena.
As atuações de fato são o ponto alto, todos estão
muito bem em cena. O
elenco sustenta bem seus personagens (mesmo que caricatos).
Com uma proposta
interessante, o filme é dinâmico e divertido, vale a pena conferir!
As folhas não precisam cair para a vida ter
continuidade.
Em “O Exótico hotel Marigold 2” somos agraciados
com a volta desses personagens carismáticos e muito reais, em um sequência apaixonante!
Para quem não lembra, o primeiro filme conta a
história de um grupo de aposentados britânicos que decide transferir suas
aposentadorias para a Índia, local mais econômico e, aparentemente, exótico.
Atraídos por anúncios do recém-restaurado Hotel Marigold e seduzidos com visões
de uma vida de lazer, eles chegam para encontrar no palácio um espelho de suas
vidas. Embora o novo ambiente seja menos luxuoso do que imaginavam, eles serão
transformados por suas experiências compartilhadas, descobrindo que a vida e o
amor podem começar de novo quando se deixa de viver no passado.
Nessa sequência, Sonny está de olho em uma
promissora propriedade, agora que o seu hotel para idosos necessita expandir.
O filme acompanha o sonho de expansão de Sonny, que não está sabendo
administrar seu tempo, ao mesmo tempo que o planejamento do seu casamento parece
estar em situação iminente.
A química dos atores em cena continua a mesma,
funciona perfeitamente, como no primeiro filme A continuação nos propicia
ver a continuação da vida desses personagens que nos conquistaram na
época. É lindo e emocionante, com
algumas boas lições de vida!
O filme tem bons diálogos, sempre com um toque de
humor, boas atuações, uma fotografia bonita e uma trilha sonora peculiar e
contagiante.
Mesmo tendo seus clichês, o filme não deixa ser
verdadeiro em seus discursos sobre a vida.
A jornada da vida é feita de escolhas. Não há
presente maior que o tempo.
Depois
de uma longa carreira como um atirador de elite, Martin Terrier pretende se
aposentar e passar o resto da vida ao lado de sua amada, mas quando ele
descobre que está sendo traído por pessoas de sua confiança, Martin começa uma
viagem por toda Europa para acertar as contas com cada homem que tentou
trapaceá-lo. Baseado na obra “The Prone Gunman"de Jean-Patrick Manchette, “ O Franco atirador" é uma rede de intrigas violenta que até conta com cenas bem dirigidas como a luta entre Sean Penn
e Javier Bardem, (alias, ótimas atuações durante toda a projeção) mas o longa não
cumpre a sua função, a história é mal adaptada e mal contada. O filme tem um foco
maior nas cenas de ação e violência, assim menosprezando a história.
O livro foi considerado uma obra-prima do autor, em 2002 pelo New York Times, mas o filme está longe de ser o que livro é, enquanto o livro é cheio de estilo, o longa foge completamente da sua proposta.
A
trilha sonora é uma das poucas coisas boas do filme (além das atuações de Sean
Penn e Javier Bardem), pontual e tensa, consegue instigar o espectador.
Falando
em Sean Penn, o ator está grande e forte em cena, haja malhação.
Coisas estranhas começam a acontecer na vida de Bruno, um jovem de quase 30 anos que acaba de se separar da mulher. Bruno tropeça no ar, esbarra no que não vê – até perceber que as pessoas ao seu redor estão desaparecendo só para ele. Os dias correm e a situação só piora. Com a ajuda da mãe e do melhor amigo, Bruno tentará se adaptar a esse novo mundo com cada vez menos gente.
Estreante em longas-metragens, o diretorIan
SBFmostra bastante segurança e toma decisões
acertadas para dar um clima de mistério para a trama de“Entre
Abelhas”.O texto, escrito pelo
protagonista apresenta algumas irregularidades, como situações que terminam com
resoluções ruins ou sem explicação mesmo, um exemplo disso é quando
acontece um atropelamento na história e o espectador fica sem saber exatamente
o destino da pessoa acidentada.
O filme apresenta uma história dramática e madura, algo que não estamos acostumados a ver na pele de Fabio Porchat. Longe de ser uma comédia com risos largados, em meio a uma trama que joga pistas, mas nunca chega a algo mais
conclusivo, ohumor até faz
parte do texto, mas bem diferente do que se vê em“Porta dos Fundos”.
Irene
Ravache, como de
costume, tem uma ótima atuação e faz uma boa parceria com Porchat. Fábio procura aproveitar a chance para se
mostrar mais do que um simples comediante com seu papel e
consegue revelar uma nova faceta, jáMarcos Verasnão
faz nada diferente do que já apresentou anteriormente, embora até consiga
divertir em alguns momentos.
O filme tem boas sequências dos momentos
em que o protagonista se encontra sozinho em várias partes da cidade,
evidenciando o seu isolamento social, o que nos lembra um pouco o filme “Vanilla Sky” estrelado por Tom Cruise.
A boa montagem encontra soluções
eficazes, especialmente nas passagens de tempo da história.O resultado final está acima da média das
produções voltadas para as grandes massas do nosso país com uma trama que
intriga, mas também diverte.
Agora, a pergunta que não quer calar: Até que ponto a gente sabe que existe?