Se você está pensando que irá ao cinema ver a continuação
do filme estrelado por Lilia Cabral, esqueça?
O filme, ao contrário do que muitos podem pensar, não é
uma continuidade de “Divã”.
O diretor Paulo
Fontenelle é quem senta no lugar de José Alvarenga Jr., uma mudança que nada
agrega. Se no primeiro filme a quarentona Mercedes (Lília Cabral) teve certas
incertezas quanto à felicidade depois de procurar um analista, em “Divã à 2” a
crise afeta um jovem casal que decide resolver as diferenças com terapia.
As semelhanças entre os dois longas param no título,
apagando qualquer vestígio do texto original de Martha Medeiros.
“Divã à 2” conta a história de Eduarda e Marcos, um
casal em crise que recorre à terapia para tentar salvar a relação de dez anos.
A narrativa intercala depoimentos de Eduarda e Marcos ao terapeuta,
separadamente com as situações do dia-a-dia, que com o tempo desgastaram a relação,
lembrando ta montagem de “Sr. e Sra Smith” com Brad
Pitt e Angelina Jolie.
Vanessa Giácomo e Rafael Infante, desempenhando o papel
do casal que resolve digerir seus problemas familiares, estabelecem uma
sincronia tão saborosa quanto um copo de água. Insípido e na temperatura
ambiente. Eduarda é uma ortopedista super comprometida com as complexidades do
esqueleto humano, enquanto Marcos ocupa seus dias como produtor de eventos.
Cientes da estagnação do casamento, os dois decidem pela separação. Ponto de
ruptura que funciona como porta de entrada para as velhas mesmices.
Para captar o interesse do espectador, o roteiro
recorre a uma virada que até consegue sacudir o marasmo, mas nada tão efetivo a
ponto de tirar o filme do limbo da banalidade.
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