As marcas
corporais podem ser maiores que as emocionais? Alguma cicatrizes podem
realmente podem ser eternas?
Em “Cake – Uam
razão para viver”, vemos Claire uma mulher traumatizada e depressiva, que não
consegue tirar da cabeça o suicídio de uma colega do grupo de apoio.
Claire não precisa esconder suas cicatrizes, mesmo que
quisesse, nem conseguiria, elas vão permeando pelo seu corpo. É uma tortura que
terá que levar para o resto da vida, que reflete em todos a sua
volta. A dor que sente é externada de forma brutal com as pessoas que convivem.
Assim somos agraciados com a brilhante atuação de Jennifer Aniston!
O filme se
sustenta completamente no personagem dela, mas nada a sua volta. O filme é
apenas a dor física (e emocional dela) o tempo todo. O roteiro não se
desenvolve, é fraco, além dos outros personagens serem mal desenvolvidos
também. Infelizmente, "CAKE" não
é substancial cinematograficamente, mesmo assim Jennifer Aniston
rouba a cena com louvor!
Desprovida de
qualquer artifício além de suas cicatrizes, a atriz se despe de todos os
personagens cômicos e românticos que viveu, numa atuação digna das grandes premiações,
(alias, uma pena que ela foi esquecida no Oscar deste ano).
Ao mesmo tempo que é possível visualizar sentimentos
completamente opostos como fragilidade e carência e que a fazem duelar consigo
constantemente, a frustração, a raiva aparente também estão lá, o tempo todo,
tornando o duelo ainda maior.
A maneira que aquela mulher se transforma ao longa da
vida é uma surpreendente reviravolta que ninguém merece sofrer.
Bom filme!
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