Baseado na aclamada obra do escritor britânico Tom Rob Smith, “Criança
44” é o primeiro livro de uma trilogia envolvendo o personagem Leo Demidov
– que segue com “The Secret Speech” e “Agent Six”.
A trama situa a história na Rússia Soviética de Stalin, durante a década de
1950 e também apresenta a caçada ao maníaco Andrei Chikatilo (no filme
modificado para Vladimir Malevich), que ficou conhecido como o Estripador de
Rostov, o Açougueiro de Rostov e o Estripador Vermelho, que foi condenado e executado pela morte de 52
crianças.
No meio disso, existe a possibilidade da esposa do protagonista fazer parte
de algum esquema alternativo ao governo. O casamento precisa ser mantido em
segredo, e quando a dúvida de traição recai sobre a mulher, o protagonista se
vê com um grande peso nos ombros: privilegiar o amor, mesmo correndo o risco de
estar enganado, ou seguir com os deveres patrióticos?
Assim Demidov é relocado para uma pequena cidade, longe de Moscou. A
fragilidade do relacionamento dos personagens de Hardy e Rapace dentro do
regime ditatorial daria um filme por si só, mas “Crimes Ocultos” ainda reserva
outras subtramas, ai começa o grande problema do filme.
O principal defeito do filme de Daniel Espinosa (“Protegendo
o Inimigo“) é a falta de foco, diante das histórias à serem contadas, falta equilíbrio e dinâmica.
A construção dos personagens, suas motivações e arcos (em especial da dupla
protagonista) são fortes. No entanto, “Crimes Ocultos” (com seus 137 minutos)
parece nunca conseguir se desamarrar estruturalmente do lugar comum.
“Crimes Ocultos” fica entre um thriller policial e
um drama tendendo ao suspense, mas por problemas no roteiro de Richard Price (“O
Preço de um Resgate“), que não cria cenas verdadeiramente memoráveis, o
filme se perde, mesmo com coadjuvantes de luxo como Gary Oldman, Joel
Kinnaman, Jason Clarke e Vincent Cassel.
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