Blog de cinema criado em 2008 com o intuito de falar sobre a Sétima Arte.
Hoje em dia tenho acesso as cabines de imprensa (sessões para jornalistas, apenas) antes dos filmes entrarem em cartaz. Aqui vocês também podem encontrar especiais, notas e um pouco dos bastidores do cinema. Divirtam-se!
Valdomiro Lacerda é um tipo metido a
malandro, que perdeu todo seu dinheiro ao ser envolvido em uma falcatrua da
empresa, que era sócio. Para fugir da polícia, Valdo se muda para pensão de
Dona Jô, no subúrbio do Rio de Janeiro, onde passa os dias reclamando da nova
realidade e sonhando com um retorno à antiga vida de luxo. Quando um ex-sócio o
procura com um plano para recuperar sua cobertura de frente para o mar, Valdo
acha que suas preces foram atendidas.
Assim, o trambiqueiro Valdomiro consegue recuperar seu apartamento de luxo no
Leblon. Mas o problema é que a pensão sofre uma interdição da vigilância
sanitária e toda a turma do Méier vai morar com ele.
“Vai Que Cola – O Filme” traz segue o padrão do programa de tv, muita
histeria e bullying com todo o elenco da série.
A interação entre os atores é boa, tudo é
muito divertido em cena, embora o filme seja de extremo mal gosto no roteiro e
nos diálogos muitos forçados. Alias, a forçação de barra durante toda a
projeção é enorme, junto com a clichezada.
O filme tem referência clara ao filme
“Priscila – A rainha do Deserto”, um dos poucos momentos divertidos junto com a
interação de Paulo Gustavo com a câmera, em alguns momentos.
Baseado no
livro de Andy Weir, “Perdido em Marte” conta como Mark Watney sobreviveu
durante quatro meses no planeta vermelho.
O astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima
pessoa a pisar em Marte e, muito provavelmente, será a primeira a morrer por lá.Depois de uma forte tempestade de
areia, na qual ele sofre um terrível acidente, a missão Ares 3 é abortada e a
tripulação vai embora, certa de que ele morreu.
Ao despertar, ele se vê completamente sozinho, ferido e
sem ter como avisar às pessoas na Terra que está vivo. E, mesmo que conseguisse
se comunicar, seus mantimentos terminariam anos antes da chegada de um possível
resgate.Ainda assim, Mark não
está disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas
habilidades de engenheiro e botânico - e um senso de humor inabalável -, ele
embarca numa luta obstinada pela sobrevivência.
Com esse objetivo, ele usará muita fita adesiva para
elaborar um plano e entrar em contato com a NASA.
Com um forte embasamento científico realista e moderno, “Perdido em Marte”é uma ficção científica memorável e
divertida, impulsionada por uma trama que conta com a linguagem e estética de Ridley Scott.
A estrutura
montada de “Perdido em Marte” é praticamente a mesma de “Prometheus”, cabendo à
Direção de Arte e a Fotografia mudar sua textura.
Com um roteiro
bem delineado, com bons pontos de virada e ótimas sacadas nos diálogos, o filme
é cheio de referências cinematográficas, desde os mais geeks como “Senhor dos
Anéis” e “Homem de Ferro”, que você pode encontrar nos diálogos, até a estética
do filme, que lembra “2001: Uma Odisseia no Espaço”, “Gravidade” e “Interstelar”.
Matt Damon
está espetacular em cena, assim como a trilha sonora, que tem um papel
importante no filme e o pontua muito bem. É angustiante!
Com uma
mistura de “Náufrago” e “Gravidade”, Ridley Scott volta aos cinemas com essa
obra que, com certeza, será indicada ao Oscar de 2016 em várias categorias técnicas.
A dona de um site de moda tem problemas para aceitar a contratação de uma nova estagiária e a volta à ativa de um senhor de 70 anos.
O filme de Nancy Meyers é simples, bonito e interessante. É desses filme que você assiste várias vezes e não cansa.
A história é interessante e inverte a situação com uma realidade atual. Os aposentados que ainda podem fazer alguma atividade, a solidão e amizades, as relações humanas e como lidamos com isso. A troca entre os personagens nos localiza como é importante essa troca e esse contato entre as pessoas que vivem hoje mais em contato através das máquinas.
O elenco é ótimo e Robert De Niro está leve e nos mostra um Ben Withaker carismático, simpático, prestativo e é ele quem dá leveza ao filme. Ele tem ótimas cenas com Anne Hathaway e Rene Russo.
o filme é tecnicamente bom. A fotografia é simples e trabalha bem os contrastes entre claro e escuro. A direção de arte é bem feita e aproveita bem os espaços da história. A trilha sonora é boa.
Com certeza, "Um Senhor Estagiário" é um filme leve e divertido.
Adaptação para o cinema da peça teatral homônima de David Ives,
apresenta a história de Thomas, um jovem dramaturgo que se desespera no teste
de elenco com Vanda, uma possível atriz principal para sua nova peça.
Depois de 51 anos, Polanski volta a filmar em francês e rege essa obra, magistralmente!Uma obra-prima que conta como Vanda, uma jovem atriz, manipula milimetricamente, o diretor da peça,
durante seu teste. Logo os dois se
envolvem em uma relação de dominação e submissão, completamente perturbadora para o espectador. As nuances dos personagens são inúmeras, além da boa química entre os atores que é extasiante e nos leva ao ápice! Mas cabe apenas, apenas a Emmanuelle Seigner brilhar em cena.
Com uma trilha sonora instigante, diálogos
deliciosos e um jogo cênico interessante, que surpreende pelo realismo ao mesmo tempo que tudo se explode com sons, cores, objetos e linguagem. O filme lembra e muito esteticamente “Birdman”,
mas na verdade a “A Pele de Vênus” foi lançado em 2013, o que coloca a
originalidade e criatividade de “Birdman” de lado. “ A Pele de Vênus” é
completamente apaixonante, envolvente e inteligente!
Parece
que tudo está melhorando no Hotel Transilvânia. Drácula finalmente relaxou sua
rígida política de “somente monstros” e passou a permitir hóspedes humanos, mas
ao descobrir que Mavis está grávida, o futuro vovô se preocupa com fato de se
quer um dia, ele virará vampiro, realmente. E para ajudar nesta transformação o
exibido Drácula levará seu neto para uma viagem para uma escola de monstros,enquanto
Mavis está ocupada visitando seus novos parentes humanos com Johnny – e
vivenciando seu próprio choque cultural. Para completar, o avô dela, Vlad, o maior vampiro de todos os tempos
é convidado para o aniversário do bisneto, assim ele descobre que seu bisneto
não é um sangue-puro e que humanos agora são bem-vindos ao Hotel Transilvânia,
ele fica maluco!
Com um roteiro mais dinâmico que o primeiro filme,
“Hotel Transilvânia 2” prende o
espectador completamente. O roteiro é engraçado
e recheado de fofura! Os diálogos tem
ótimas tiradas e a trilha sonora é deliciosa!
Como toda animação infantil, o filme possui
bonitas mensagens aqui, é: de aceitar as pessoas como elas são.
Cheio de referências tecnológicas (facebook,
twitter, snapchat, youtube) o que torna o filme bem contemporâneo, “Hotel
Transilvânia 2” é diversão garantida
para toda família!
Baseado em fatos reais, que
originaram o livro de John Krakauer, o filme é sobre a tragédia que ocorreu no Everest em 1996, quando
três equipes de alpinismo tentavam chegar ao ponto mais alto do mundo no Monte
Everest.
A situação se complica quando uma nevasca atinge o local, causando vários acidentes e colocando a vida de todos em risco.
Dirigido por Baltasar Kormákur (“Contrabando”
e “Dose Dupla”) “Evereste" conta com um
elenco de grande atores e um orçamento altíssimo, o que vende o filme como uma proposta de blockbuster. O filme esbarra em uma enorme avalanche na trama. Ele pode até contar com alguns
momentos agonizantes e emocionantes, mas o grande problema é
não
apresentar os personagens e dramas pessoais, mesmo que reais.
“Evereste”
falha em alcançar seu ápice, tornando o filme cansativo e desinteressante. Ainda
assim, o elenco
está de parabéns pelas boas atuações! Todos estão muito bem em cena!
Desde os seis anos de idade, Malony comete pequenos delitos e tem
problemas com a polícia. Durante toda a sua adolescência, um educador e uma
juíza especializada na infância tentam salvá-lo.
Comovente do início ao fim, “De cabeça erguida”
mostra os dois lados na vida de um jovem infrator. O filme nos faz pensar até
onde os profissionais que atuam nas áreas da Justiça e da Educação podem ir para ajudá-los. O roteiro é
bastante eficiente e refinado, e trata de um tema delicado que, muito
facilmente, poderia ter escorregado para uma discussão sobre a decadência do
sistema judiciário.
O filme sabe ser cru quando necessita, da mesma forma que cândido e tocante. É precioso porque também mostra a perspectiva dos profissionais que atuam nessa área e amplia nosso olhar sobre a questão da delinquência. Porém, ao longo das duas horas de projeção, um tanto da beleza se perde e dá lugar a um personagem que, apesar de representar muito bem o sistema falho, quanto ao problema do jovens transgressores (como também acontece no Brasil), soa repetitivo. As atuações são belíssimas! O ator Rod Paradot é de
extrema competência! Catherine Deneuve também está excepcional e a trilha
sonora é impecável.
Mais uma vez, a parceria entre Emmanuelle Bercot e a
atriz rendeu bons frutos. E Deneuve, como sempre, continua magnífica e
exuberante.
O filme esteve na seleção oficial do Festival de Cannes deste ano.
Adaptação do livro de James
Dashner, “Maze Runner: Prova de fogo” conta como Thomas e seus companheiros
enfrentam seu maior desafio até agora: buscar pistas sobre a misteriosa e
poderosa organização conhecida como C.R.U.E.L., após descobrirem que não estão
a salvo.
Neste segundo filme, a turma
se junta com combatentes resistentes, que os ajudam a enfrentar as forças
vastamente superiores de C.R.U.E.L. ao descobrir os planos chocantes da
Organização.
“Maze Runner”
foge do contexto inicial do primeiro filme da franquia adolescente, tornando
tudo muito mirabolante. Novos personagens, mal apresentados, inclusive, e
um roteiro pra lá de confuso: são muitos submundos mal explicados durante toda
a projeção.
O filme deixa
de lado a premissa do primeiro longa. Além disso, a quantidade de referências
aos filmes de zumbis (“Resident Evil”, “Eu sou a lenda” e “Guerra Mundial Z”) é
enorme. Sim, o filme tem zumbis, o que significa bons sustos(um bom motivo para agarrar o gato ou
a gata do seu lado.)!
Esteticamente,
“Maze Runner” é muito bom! A Fotografia, os Efeitos Especiais e as boas sacadas
de câmera compensam, de alguma forma, os erros de roteiro e de continuidade das
locações. O diretor consegue aproveitar todos os ângulos possíveis e filmar
boas sequências de ação. A trilha sonora é outro ponto alto do filme, pontuando
muito bem a trama.
São duas
horas e dez minutos, que poderiam muito bem ser reduzidas, por tornarem o filme
longo e cansativo. Enfim, mais nada à declarar!
Baseado na peça “Do fundo do
lago escuro”, de Domingos de Oliveira, (que também dirigiu e escreveu o roteiro
do filme), “Infância” é um filme teatral ao extremo.
O
longa narra um dia na infância de Rodriguinho num casarão localizado na cidade do Rio
de Janeiro. O menino é filho de Conceiçãoe neto de Dona Mocinha,a matriarca da família. Tudo ocorre sob a expectativa
do discurso de Carlos Lacerda, em meio às tensões que precederam a queda de
Getúlio Vargas.
Com um roteiro
datado,"Infância" utiliza-se da delicadeza e, particularmente, do
humor para descrever o funcionamento autoritário de uma família tipicamente
brasileira na década de 50. Sua intensa trama emocional é abordada explicitando
os absurdos dos comportamentos dos personagens.
Tecnicamente
bem feito, a Direção de Arte, o Figurino e a Fotografia são impecáveis! O jogo
cênico é bem interessante, mas a sensação é de que seus personagens e
atuações são completamente superficiais, mesmo contendo grandes atores em cena.
Fernanda Montenegro é quem leva naturalidade para o filme.
Durante a coletiva
de imprensa, a atriz afirma que "o filme é uma herança cultural e familiar
do diretor", como já dito por ele, algumas vezes, sobre a peça. Além
disso, o filme torna a memória de “Do fundo do lago escuro” conciliadora.
"Infância"
trata-se de um longa político, não panfletário, através da classe
dominante, além de abordar o encontro de
pessoas e os contrastes nesse reencontro.
Mesmo em
pleno século 21 a maior força da natureza é um grande tabu. Mascarado como uma
era de amor livre e igualdade de gêneros o sexo é sim um motivo de discussões,
preconceitos e choques.
Foi enraizado
na sociedade uma distopia sexual em que tudo que fuja da relação para
procriação seja algo contestável. Ainda é bastante comedido o discurso do sexo
pelo bel prazer, e muito menos estabelecido como força transgressora e
transformadora, afinal o sexo pode possuir diversos significados entre: o
estabelecimento de um jogo de poder, um vício, uma autodescoberta , uma
descoberta com relação ao outro e ao mundo. O sexo afinal tem poderes mais
fortes que uma droga química aonde é incapaz de uma simples desintoxicação,
marcando pelo contato da pele, do órgão e da irrefutável lembrança. Não por
menos diversos transtornos psicológicos e psiquiátricos tem sempre um viés de
estudo da sexualidade. O sexo tem a capacidade do ápice da felicidade em um
orgasmo e ao mesmo tempo um linha tênue da auto destruição.
O novo e
polêmico filme do diretor Gaspar Noé, conhecido por sempre tirar a plateia da
zona de conforto em querer usar o choque e o asco de algo que existe, mas a
sociedade deseja se cegar, é a prova máxima disso.
Se o sexo
sempre foi um elemento vital nas obras de Noé como em “Irreversível” , agora
com “Love” ele vira o tema e instrumento da tentativa de uma jornada sensorial
de relacionamentos amorosos. O próprio protagonista que se trata de um cineasta
frustrado diz querer fazer um filme com sexo, suor e lágrimas, já que esse
seria o resumo da vida. Noé tenta então utilizar o recurso do sexo explícito
para função imersiva de identificação das personagens, o que de todo é uma boa
proposta se não se esgotasse em toda a obra e virasse um artificio apenas de choque.
O filme
mostra a história de um homem que resgata o passado quando sabe do sumiço de
sua ex namorada que foi sua grande paixão até engravidar uma outra mulher que
participava de relações a três com o casal.
Noé tenta se
aproximar de algo que Kubrick fez com maestria no subestimado “De olhos bem
fechados”, aonde um personagem se depara com uma jornada sexual e incestuosa sem
volta. Noé mostra a mutação do adentrar nas possibilidades sexuais, mas mais do
que isso, o longa é sobre escolhas.
Boas
tentativas cercam o filme, principalmente o fato de demonstrar que o amor e o
sexo estão extremamente ligados, e não em relações sexuais pragmáticas ,e sim
de vísceras, aonde sentimento pulsa tanto como um membro enrijecido. Não há
divergências, o amor liberta a selvageria nesse caso.
Se de um lado
a proposta do filme é mostrar como as memorias afetam aquele personagem, o
ritmo uniforme não deixa a obra avançar. Nem quando em certo momento o
personagem toma ópio para tentar ficar mais próximo daquela mulher e lembranças,
o filme cresce. Não há ousadia na edição e nem mesmo por parte do diretor que
revela o sexo da mesma forma de uma pornografia barata com planos estáticos e
abertos. Noé parece não saber utilizar a linguagem cinematográfica em seu prol
de intensificar as relações. Talvez a maior fragmentação de planos e oscilação
de ritmos pudessem compor um certa elegância a composição das cenas. Não porque
o sexo por sí só seja feio e sujo, e sim para intensificar e incorporar a
pretensiosa proposta de Noé. Com mesma pretensão que está estabelecida nos
diálogos, ou até o narcisismo do diretor de não só colocar sua marca autoral,
como a sí, já que o filho do
protagonista se chama Gaspar, e o amante de sua ex se chama
Noé. Não é preciso muita expertise para comprovar tal necessidade de se mostrar
que o diretor tem, já aparecendo nu em cena no longa “Irreversível”.
O filme se
alonga por demais com momentos e cenas desnecessárias que não concluem nada e o
fraquíssimo elenco não é capaz de dar força e peso para o drama, parecendo que
tudo fica em cargo das cenas de sexo explicito em 3D que não são propriamente
ditas tão absurdas para uma plateia convencional, mas que pretendem ferir com o
filme já iniciando em uma cena que realça os órgãos sexuais de um meio torpe de
notificar ao espectador ao que ele verá em seguida pelas próximas quase 2 horas
e meia.
Mesmo assim
não se pode dizer que “Love” seja um fiasco e apenas um pornô com alguma
história. É um filme sobre algo muito mais se você conseguir enxergar através
de todos sons e fúrias que o diretor resolve incessantemente te jogar . Um bom
filme escondido pelas pretensões e narcisismos.
Todo
mundo sabe exatamente do que Jake Gyllenhaal é capaz, ainda mais depois de seus
ótimos trabalhos em “O Abutre” e “O Homem Duplicado”. Em “Nocaute” não poderia
ser diferente. Novamente o ator apresenta uma performance
avassaladora! O filme se resume basicamente ao seu personagem, que
ganha maior destaque pelo seu desempenho.
Depois de um trágico acontecimento, Billy Hope
entra em um mar de desmoronamento que é apresentado magistralmente por
Gyllenhaal,em
uma atuação visceral! ( prevejo indicação ao Oscar) !Além de sua ótima atuação em
cena, a pequena e desconhecida Oona Laurence mostra quetem grande potencial cênico!
O filme, em termos de boxe,
não apresenta nada de inovador. Na verdade tudo na tela nós já vimos em filmes
desse (sub-)gênero, como “Rocky” e “Touro Indomável”. Mesmo assim, o filme não
faz feio, muito pelo contrário, ele capricha em todo o universo apresentado: do
Pugilismo ao drama sobre redenção – que nos mostra que família é tudo na vida.
Com a direção competente de Antoine Fuqua (“O
Protetor”, “Dia de Treinamento”) e roteiro de Kurt Sutter (“Sons of Anarchy”),
“Nocaute”se
torna mais um ótimo exemplar desse gênero.
Oroteiro
é simples, bem delineado, com bons diálogos e ótimas metáforas. “Nocaute” tem
bons personagens e uma fotografia muito bem feita, que traduz muito bem as
cores desse universo.
O filme é feito em memória do compositor James
Horner.
Quando se
trata do amor, você tem que jogar as coisas para o universo e deixar acontecer. Em “Pequeno Dicionário Amoroso 2” resgata a história de Luiza e Gabriel que se
conheceram, se apaixonaram, se casaram e se separaram no primeiro filme.
Em um golpe do destino, eles voltam a se encontrar, 18 anos depois, no
mesmo lugar onde se conheceram, um cemitério, no enterro do padrasto de Luiza.
Ela casou, teve a sonhada filha, separou, casou de novo e teve mais um
filho. Além disso, ela é dona de uma galeria de arte e está realizada
profissionalmente. Já Gabriel, continua trabalhando no seu laboratório de
bichos peçonhentos, namora Jaqueline e tem uma filha com a sua ex-mulher, Bel. Mas essa nova história de amor como qualquer outra, pode estar ameaçada, não só pelos velhos erros, como também por novos encontros.
Com uma trilha
sonora gostosa, o filme segue o mesmo formato do primeiro, dividido por temas. Com um texto contemporâneo e bons diálogos,
“Pequeno Dicionário Amoroso 2” mostra como o amor pode ser as vezes uma roda
gigante ou um trem fantasma.
Com um elenco
bem escalado e entrosado, os atores estão ótimos em cena! Tudo com muita naturalidade.
“Pequeno
Dicionário Amoroso 2” é um filme bonito,
gostoso e leve para todos os casais!
Quando adolescente, Rusty e sua família
atravessaram os Estados Unidos para conhecer o parque de diversões Walley World
na Califórnia. Mais de 30 depois, Rusty surpreende sua esposa, Debbie e seus dois
filhos com uma viagem para o mesmo parque.
“Férias Frustradas” puxa a pegada dos clássicos, no estilo Road movie. É uma tentativa de homenagear
o clássico, estrelado por Chevy Chase, mas que está longe de ser o que o
original propõe.
Trata-se da mesma formula de sempre, abusando das situações cômicas que causam constrangimento dos protagonistas, explorando de forma rasa as diferenças culturais, sexuais e etárias.O roteiro é simples,
objetivo e com os velhos clichês do gênero, além disso, tem algumas nojeiras à parte, o que é muito normal na comédia
americana. Ou seja, é um filme que faz a plateia rir de nervoso, e não exatamente pela comicidade, pela astúcia e/ou criatividade da construção das situações cômicas
O elenco está bem entrosado e rende boas cenas engraçadas. Ed Helms (franquia
Se beber, não case) está bem em cena, como
pai de família. Christina Applegate (a eterna Kelly Bundy) continua lindíssima,
além de ter talento para comédias.
“Férias Frustradas”
ainda conta com a participação de Chevy Chase, Beverly D’Angelo, Chris
Hemsworth, Leslie Mann e Charlie Day.
O filme
cumpre bem a função: divertir a família! Não esqueça o seu combo!
Os estúdios Ardman, responsável por “Fuga das Galinhas” e “Wallace
e Gromit: A Batalha dos Vegetais”, ao lado do estúdio Laika (“Coraline” e
“Boxtrolls”) são dos poucos estúdios em atividade que utilizam quase
exclusivamente de animação da técnica de Stop Motion. Nessa técnica artesanal
são usado moldes de diversos materiais maleáveis , a maioria das vezes
massinha, que compõem o personagem e depois são fotografados para cada
movimento, composto de cada segundo 24 frames.
A Ardman é atualmente o estúdio mais bem sucedido com animações
stop motion que brindou o cinema com excelentes animações capazes de agradar
ambos os públicos, até realizar sua primeira tentativa com animação em 3D no mediano “Por água abaixo” que foi um
fracasso, se seguindo com o ótimo “Operação Presente” , e retornando para o
estilo de animação que tornou o estúdio reconhecido mundialmente, com “Piratas
Pirados”. Infelizmente o péssimo longa foi um fracasso, não conseguindo
dialogar bem com as crianças com uma trama mais adulta e confusa, mas ao mesmo
tempo não conseguiu se comunicar com o público adulto.
Decidindo então retornar as suas origens, a Ardman resolve adaptar
“ Shaun, o carneiro”, uma das suas séries animadas para televisão de grande
sucesso para o cinema, e consegue fazer isso com grande êxito se tornando
talvez o melhor filme do estúdio.
Assim como na série animada, a Ardman novamente aposta em uma
narrativa sem diálogos, o que universaliza a trama e o filme. Além do visual
colorido e do carisma dos já conhecidos personagens, é usado com sabedoria o humor físico em um
trama simples e objetiva muito bem desenvolvida.
Shaun é um carneiro que, um belo dia,
resolve tirar um dia de folga com os outros animais, para sair da rotina da fazenda.
Só que, acidentalmente, ele acaba mandando o carinhoso fazendeiro para a cidade
grande, onde o homem perde a memória. Os animais, então, comandados por Shaun,
vão aprontar altas confusões no caos urbano para trazer o dono de volta para
casa.
É bem notável que a animação possui fortes referências de uma
trupe muito conhecida da TV e do Cinema principalmente dos anos 80, os Muppets,
personagens em fantoches criados por Jim Henson que até hoje recebem
adaptações. No filme “Muppets conquistam Nova York” a trama muito se assemelha
com a de “Shaun, o carneiro” que após o sumiço de Caco, o sapo/Kermit seus
amigos o procuram, mas nem desconfiam que por um acidente ele perdeu a memoria
e agora se passa por outra pessoa e com uma profissão bem sucedida.
Não apenas a trama é muito semelhante, mas como também a dinâmica
dos personagens e o tipo de humor.Na verdade, “Shaun, o carneiro” preserva
bastante a atmosfera do conteúdo infantil de décadas atrás com sua ingenuidade
e graça, com mensagens para o público infantil.
“Shaun, o carneiro” foge da pretensão da maioria das animações
atuais se destacando pela simplicidade e diversão
garantida sendo um dos melhores filmes do ano e merecendo uma indicação ao
Oscar de melhor animação. Simplesmente imperdível.
Hortência é uma
repórter que sonha em ser âncora do telejornal de sua cidade. Ao saber que a
atual dona do cargo está de saída da emissora pelo seu editor-chefe, ela fará
de tudo para conquistar a vaga, junto com todas as jornalistas da tv local.
Ela tem um furo de
reportagem, que é roubado por Vanessa. Agora, ela fará de tudo, até inventar um
falso serial killer, para conseguir realizar seu sonho. Para isso,
contará com ajuda de dois amigos que trabalham no IML, Eric e Ramon.
“A esperança é a última que morre” até apresenta uma premissa interessante, que questiona a
corrupção e o poder. Porém o filme não consegue ter uma boa estrutura, que
é mal executada, junto com os diálogos sofríveis e das fraquíssimas atuações. O único que se salva é Rodrigo Santana que
consegue arrancar, algumas poucas, risadas.
Com um quê de “Tudo por um furo”, estrelado
por Will Ferrell, “A esperança é a última que morre” é o típico filme que
agrada o espectador.