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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

JOY POR ROMULO DE SÁ PEREIRA

A frase “Inspirado por histórias reais de mulheres poderosas e na história de uma, em particular” é o que se vê de cara em “Joy: O Nome do Sucesso”. Joy Mangano (Jennifer Lawrence) é a mulher em particular, empresária e inventora multimilionária, que iniciou sua trajetória no finalzinho dos anos de 1980 ao desenvolver o Miracle Mop, um esfregão que pode ser torcido sem um uso das mãos. O filme é livremente baseado na vida da protagonista nos anos imediatamente anteriores ao sucesso de sua primeira invenção.

Aclamada na infância como brilhante e inventiva por seus parentes, principalmente sua avó Mimi (Diane Ladd), Joy sustenta, em uma casa decrépita, seus dois filhos pequenos e o resto de uma família disfuncional (um dos temas preferidos do diretor e roteirista David O. Russell, de “Trapaça”, “O Lado Bom da Vida” e “O Vencedor”).  Todos vivem debaixo do mesmo teto, além de Joy, Mimi e as crianças, sua mãe Terri (Virginia Madsen), depressiva que passa o dia inteiro assistindo a novelas na televisão, e seu ex-marido Tony (Édgar Ramírez), músico frustrado que vive de favor no porão.

Completam a família a meia-irmã Peggy (Elisabeth Röhm), que guarda mágoa da família por “preferirem” Joy,  o pai Rudy (Robert De Niro), ao mesmo tempo amoroso e crítico, que passa a dividir o porão com Tony, após ser largado por mais uma mulher e Trudy (Isabella Rossellini), nova namorada de Rudy e potencial investidora na empreitada da heroína. Completa a trama Neil Walker (Bradley Cooper), diretor de uma canal de vendas na TV, que dará a chance a Joy de vender seu produto em rede nacional.

Russell escolhe transformar Joy em uma espécie de super heroína, o que torna quase impossível qualquer forma de identificação. Seus problemas são muitos, mas são resolvidos como que com um piscar de olhos. Além disso, o diretor escolheu focar mais na família do que na trajetória da protagonista no mundo dos negócios. O porém aí é que as relações não são nem um pouco aprofundadas. Ele prefere grandes cenas de drama familiar, com discussões, acusações, choros, estresse, tudo isso com a câmera se movimentando para lá e para cá entre os diversos Mangelos. Toda a verborragia é divertida, ainda mais com tantos atores e atrizes talentosos envolvidos, mas, no final, o que vemos é uma representação das novelas a que Terri tanto assiste na televisão.

O que expurga “Joy: O Nome do Sucesso” é seu elenco encabeçado por J. Law, que ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Comédia e foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz. Ela traz para o papel uma energia incrível que, por vezes, faz esquecer os inúmeros problemas do longa.   


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