Toula (Nia Vardalos) e Ian (John Corbett) estão casados, e passam bastante tempo tentando compreender a problemática filha adolescente. Mas quando o casal descobre que um casamento de sua família nunca foi oficializado pela religião, todos os Portokalos se reúnem para mais um grande casamento grego.
Blog de cinema criado em 2008 com o intuito de falar sobre a Sétima Arte. Hoje em dia tenho acesso as cabines de imprensa (sessões para jornalistas, apenas) antes dos filmes entrarem em cartaz. Aqui vocês também podem encontrar especiais, notas e um pouco dos bastidores do cinema. Divirtam-se!
X MEN
quarta-feira, 30 de março de 2016
PARA A MINHA AMADA MORTA POR ALÊ SHCOLNIK
“Para minha amada
morta” conta a história de Fernando, um homem que cuida de seu filho único após
a morte de sua esposa. Todas as noites ele arruma as coisas de sua amada morta,
mas um dia ele encontra uma fita VHS que mudará sua vida.
“Para minha amada morta” carrega a natureza humana do marasmo. É um drama
psicológico que aborda solidão, melancolia e ciúme com referências de “O Lobo atrás da Porta" em sua história. O filme é bem inferior em relação ao roteiro e a direção, falta agilidade
e ritmo.
Com um ritmo lento,
um roteiro mal temperado entre drama e tensão, o filme é mal conduzido pela motivação mal construída do protagonista.
O
longa foi premiado no 48º Festival de Brasília nas categorias de melhor
direção; melhor ator coadjuvante, para Lourinelson Vladmir; melhor atriz
coadjuvante, para Giuly Biancato; melhor direção de arte, para Monica Palazzo,
e melhor montagem, para João Menna Barreto. Além de ser eleito como melhor
filme pelo júri da crítica.
ZOOM POR ALÊ SHCOLNIK
Zoom conta a história de três artistas: Edward (Gael García Bernal),
vaidoso diretor de cinema, que tem que lidar com a encomenda de um filme
comercial, mas que, no fim das contas, quer mesmo é realizar uma obra autoral. Emma (Alison Pill), uma autora
de quadrinhos nas horas vagas que quer seios maiores, mas a cirurgia não
resulta como o esperado e Michelle (Mariana Ximenes), uma
modelo brasileira que mora no exterior com o namorado e deseja ser reconhecida
como escritora.
O filme que mistura live-action com animação em rotoscopia
(processo em que se desenha a partir da imagem filmada do ator) apresenta um roteiro confuso e uma narrativa que se divide em três tramas paralelas interligadas com um quê
de “Inception” (A Origem de Christopher Nolan) nos seus personagens.
Tudo acontece em um universo multidimensional onde cada um vive em uma realidade separada, em que um é autor da vida do outro. Um cineasta está filmando um longa-metragem que tem como protagonista uma modelo-autora que está escrevendo um livro relatando as experiências de uma quadrinista que está desenhando uma graphic novel cujo herói é um diretor cinema frustrado.
Tudo acontece em um universo multidimensional onde cada um vive em uma realidade separada, em que um é autor da vida do outro. Um cineasta está filmando um longa-metragem que tem como protagonista uma modelo-autora que está escrevendo um livro relatando as experiências de uma quadrinista que está desenhando uma graphic novel cujo herói é um diretor cinema frustrado.
Nos
cruzamentos entre eles o filme chega a ter bons momentos, principalmente nos
questionamentos seja ele de mercado, arte
e merchandising.
Coprodução
do Brasil com o Canadá, o filme dirigido foi exibido no Festival de Toronto 2015 e foi indicado ao Canadian Screen
Awards, conhecido como o prêmio mais importante do cinema canadense.
VOANDO ALTO POR ALÊ SHCOLNIK
Biografia do primeiro grande saltador da
Grã-Bretanha, Eddie Edwards, conhecido como Eddie The Eagle.
Com atuações
medianas e belas locações, “Voando Alto” é um drama superficial ambientado
entre as décadas de 70 e 80.
A proposta do roteiro é transmitir uma história
bonita, de coragem e de determinação, deixando de lado a carga dramática que
Eddie carrega, a deficiência dos joelhos e o pai que não apoia seu sonho.
O filme
cumpre a função de entreter o público com essa história de superação: um menino
que desde criança desejava se tornar um atleta. O diretor aborda a sua biografia de forma leve
e superficial, apenas levando em conta o seu sonho. O foco da história são suas façanhas e a forma como lutou para ser aceito nas Olimpíadas de Inverno.
Essa
empreitada estrelada por Taron Egerton (Kingsman) que leva as telas talento e
carisma faz de “Voando Alto” um filme cativante e inspirador!
A GAROTA DE FOGO - CRÍTICA EM BREVE
Alicia (Lucia Pollan), uma garota muito doente tem um último desejo: ganhar o vestido da personagem principal de uma série de TV japonesa. O pai da menina, Luis (Luis Bermejo) vai fazer de tudo para deixar sua filha feliz e realizar o desejo dela. Na busca pelo vestido, ele conhece uma jovem com distúrbios (Bárbara Lennie) e um professor aponsentado (José Sacristán).
VISÕES DO PASSADO POR ALÊ SHCOLNIK
“Visões do Passado” conta a história de Peter Bower (Adrian Brody),
um psiquiatra atormentado por um assunto do passado. Traumatizado por uma
tragédia familiar, Peter mantem a rotina de trabalho, enquanto sua mulher sofre
de depressão. Até que um dia ele recebe uma misteriosa visita de uma garotinha,
capaz de mexer com a sua própria sanidade mental.
Capaz de mexer com a sua sub-consciência, armadilhas da mente
humana começam a surgir, assim ele passa a duvidar do que é real ao mesmo tempo
que investiga seu passado familiar.
O diretor Michael Patroni conduz o roteiro que mistura suspense, com
pitadas de terror (o filme nos permite bons sustos), também circula pelo
mistério policial e pelo drama familiar (esse desenvolvido bem
superficialmente).
Destaque para a atuação de Adrian Brody, e o trabalho dos efeitos
visuais junto com a direção de arte realmente assustadores.
“Visões
do Passado” é bastante competente e eficiente no que se propõe, oferecendo um entretenimento
de alto nível.
quarta-feira, 23 de março de 2016
BATMAN vs SUPERMAN - A ORIGEM DA JUSTIÇA POR ALÊ SHCOLNIK
O confronto entre Superman (Henry Cavill) e
Zod (Michael Shannon) em Metrópolis fez com que a população mundial se
dividisse acerca da existência de extra-terrestres na Terra. Enquanto muitos
consideram o Superman como um novo deus, há aqueles que consideram extremamente
perigoso que haja um ser tão poderoso sem qualquer tipo de controle. Bruce
Wayne (Ben Affleck) é um dos que acreditam nesta segunda hipótese.
Nessa
batalha entre grandes heróis, tem um vilão conhecido como Lex Luthor interpretado por Jesse Eisenberg (A Rede Social). O ator rouba a cena em um
personagem psicótico e psicopata, alias cabe a ele ser o fio condutor do roteiro que liga os dois mundos dos
super-heróis.
É uma guerra
civil entre Batman e Superman com direito a frases emblemáticas e a presença
tão esperada da Mulher-Maravilha.
Affleck está
bem em cena, já Cavill continua posando
para editorais de moda.
A direção de
Snyder faz uso das referências de câmeras de Michael Bay (franquia
Transformers), mas deixa a sua marca. São sequências bem elaboradas junto ao exagero de
closes, além dos jogos de
câmeras em busca do eterno heroísmo dos
mocinhos. Será que Christopher Nolan toparia assumir a direção dos próximos
filmes? (Apenas, uma sugestão).
A trilha
sonora de Hans Zimmer merece destaque! Capaz de envolver o espectador
completamente pontuando bem a trama. Os Efeitos Visuais e a edição cumprem muito
bem a sua função.
A fotografia
cinzenta permite um filme mais sombrio e mais envolvente, assim conversando com
a temática do longa que questiona heroísmo, liberdade civil, politica e fé. É um filme bem construído, dentro do que se propõe, porém é cansativo por conta da duração.
Com ótima ambientação
e diálogos politizados, o filme é um combate de gladiadores na história mundial
dos quadrinhos da Dc Comics com a anuência da população local. É um
blockbuster de primeira com gostinho de quero mais!
Não esqueça a pipoca!
A LUNETA DO TEMPO POR ANDREA CURSINO
Lampião (Irandhir Santos), sempre acompanhado por sua amada Maria Bonita (Hermila Guedes), lidera seu bando pelo sertão de Pernambuco, enfrentando a polícia local. Seu principal antagonista é Antero Tenente, que foi abandonado preso e de cabeça pra baixo pelo bando de Lampião. Esta disputa permanece com o passar dos anos, quando o filho de Antero torna-se adulto e não aceita qualquer provocação à imagem do pai ou a simples menção a algo que lembre Lampião e seus cangaceiros.
É ótimo assistir a um bom filme e a surpresa é maior quando esse filme é de um cineasta estreante. Melhor ainda quando descobrimos uma qualidade a mais nesse cineasta, a humildade.
É ótimo assistir a um bom filme e a surpresa é maior quando esse filme é de um cineasta estreante. Melhor ainda quando descobrimos uma qualidade a mais nesse cineasta, a humildade.
Alceu Valença é um músico consagrado com uma carreira repleta de canções marcantes na história da Música Popular Brasileira e resolveu canalizar sua arte em outros horizontes, o Cinema. Com isso, ele resolveu aprender. Aprendeu como escrever um roteiro, como é a linguagem cinematográfica e como transmitir para a tela o que se passava em sua cabeça criativa.
Ele arriscou, com segurança, mas arriscou e acertou em cheio. Ele escreveu o roteiro, escolheu o elenco, compôs uma bela e empolgante Trilha sonora e atuou como o palhaço do circo. Além disso, ele dirigiu atores consagrados no cinema como Irandhir Santos e Hermila Guedes. Para contracenar com eles, levou seu filho Ceceu Valença que estuda artes cênicas na CAL (Casa de Artes laranjeiras), uma das mais conceituadas escolas de dramaturgia do país. Posso dizer que pai e filho tem talento para atuar. O pai é mais vigoroso em sua atuação, mais expansivo. O filho faz um Argelino sedutor, mas introspectivo.
O figurino, a montagem e a Fotografia estão perfeitas e nos mostraram filme com uma beleza única, poética e com características bem brasileiras.
A beleza das tomadas surpreendeu a cada nova cena. Valorizou a estética das imagens e nos mostrou um cordel elegante.
Esse é um trabalho para aplaudir de pé, ver e rever.
CONSPIRAÇÃO E PODER POR ALÊ SHCOLNIK
A produtora da CBS, Mary Papes (Cate Blanchett), juntamente com o âncora Dan Rather (Robert Redford) suspeitam de que o presidente George W. Bush foi um dos muitos jovens privilegiados que usou os seus contatos para não combater na Guerra do Vietnã. Armando uma exposição, os dois pretendem levar a história ao ar, mas o fato só começa uma guerra entre o poder constituído na tentativa de tirar o crédito das informações, além de abalar o emprego dos dois.
Parece que a temática jornalistica está em alta, depois de “Spotlight” , vencedor do Oscar deste ano, chega aos cinemas “Conspiração e Poder”, baseado no livro “Verdade e Dever: A imprensa, o presidente e os privilégios do poder” de Mary Papes.
Parece que a temática jornalistica está em alta, depois de “Spotlight” , vencedor do Oscar deste ano, chega aos cinemas “Conspiração e Poder”, baseado no livro “Verdade e Dever: A imprensa, o presidente e os privilégios do poder” de Mary Papes.
O filme conduz a empreitada jornalística investigativa sobre a atuação militar do presidente Bush, justo em período decisivo da sua reeleição.
O drama real em meio às eleições norte-americanas que culminaram com a vitória do republicano George W. Bush, conta com um roteiro bem construído e a direção competente do estreante James Vanderbilt mais conhecido como roteirista. O diretor leva as telas o mundo do jornalismo investigativo com avidez e realismo.
O filme se desenrola em ambiente no qual as inquietações dos profissionais da rede CBS e oferece elementos para que se discutam prováveis erros na apuração conduzida por Mary e sua equipe, entre eles, o âncora Dan Rather, representado por Robert Redford, podem vir a afetar eleições que contrapõem Bush e John Kerry.
Cate Blanchett é quem brilha no filme, alias rouba a cena! A atriz que cada vez mais vem provando sua versatilidade e talento, interpreta a produtora do programa "60 minutos" com mais garra do que nunca. Parece que o personagem cai como uma luva nela, Cate se veste completamente de Mary Papes, assim se despindo de qualquer resquício de outros enredos.
sábado, 19 de março de 2016
ZOOTOPIA POR ALÊ SHCOLNIK
Zootopia é uma cidade diferente de tudo o que você já viu. Formada por “bairros-habitat”, como a elegante Praça Sahara e a gelada Tundralândia, essa metrópole abriga uma grande diversidade de animais irreverentes sempre prontos para encarar uma nova e divertida aventura. Quando Juddy Hopps chega em Zootopia, ela descobre que ser a primeira coelha da equipe da polícia, formada por animais grandes e fortes, não é nada fácil. Determinada a provar seu valor, ela embarca em uma aventura atrapalhada e bem humorada, ao lado do malandro raposo Nick Wilde para desvendar um grande mistério.
Com uma bela crítica politica - social, "Zootopia: Essa Cidade é o Bicho" tem uma trama que entretêm tanto o adulto como as crianças. A animação discute segregação, preconceito, feminismo, inclusão, classe e determinação.
O roteiro de Jared Bush e Phil Johnston (“Detona Ralph”) é criativo em seu argumento e em seu discurso. A ironia é um dos pontos fortes do filme que é maravilhosamente usada nos estereótipos dos animais junto às profissões.
A direção conduz bem os momentos de fofura, ação, suspense e drama. "Zootopia: Essa Cidade é o Bicho" é um filme original, divertido e relevante em suas ideias.
Com ótimas sacadas e referências, é um filme que celebra as diferenças.
Não percam!
quarta-feira, 16 de março de 2016
CEMITÉRIO DO ESPLENDOR POR RÔMULO DE SÁ PEREIRA
Em seu mais novo filme o diretor e roteirista tailandês Apichatpong
Weerasethakul continua fundindo fantasia com realidade, transformando o
fantástico e o sobrenatural em algo totalmente corriqueiro.
Os
personagens de “Cemitério do Esplendor” lidam com o sobrenatural e o místico de
maneira totalmente natural. Uma doença que faz soldados entrarem e saírem aleatoriamente
de um estado de coma, espíritos e divindades fazem parte do dia a dia assim
como sentar em um parque e fazer uma refeição (e em alguns momentos dividir
essa refeição com algum ser inexplicável).
Na trama (se é que dá pra descrever uma), Jen (Jenjira Pongpas) é
uma senhora deficiente que é voluntária em um hospital do exército, montado em uma antiga escola. Ela tem uma perna mais curta que a outra e, por isso,
usa um sapato com salto gigantesco, além de muletas.
Neste hospital, ela e outras enfermeiras
tomam contam de soldados com uma estranha condição (a tal que os fazem sair e
entrar de um estado de sono profundo). Solitária, ela se aproxima do soldado
Itt (Banlop Lomnoi), que também é só, já que não é visitado por sua família.
Contam as histórias que a escola foi construída em cima de um antigo palácio
real e cemitério de guerreiros, que estariam utilizando os soldados vivos para,
no campo dos mortes, lutarem suas batalhas.
“Cemitério do Esplendor,” assim como os outros trabalhos de Weerasethakul,
é totalmente divisivo. Uns irão se maravilhar com o jeito que o diretor
sutilmente usa uma história totalmente “sem pé nem cabeça” para para apresentar
sua solitária protagonista. Outros irão sair do cinema, reclamando que o que
estão assistindo não faz sentido algum.
RESSURREIÇÃO POR ALÊ SHCOLNIK
O longa conta o drama bíblico sobre a
Ressurreição, através dos olhos do incrédulo Clavius (Joseph Fiennes), um
poderoso militar romano, e seu assistente Lucius (Tom Felton) recebem a missão
de desvendar o mistério sobre o que aconteceu com Jesus (que no filme é chamado
pelo nome hebreu Yeshua) nas semanas após a crucificação, com o objetivo de
desmentir os rumores sobre o ressurgimento do Messias e impedir uma rebelião em
Jerusalém.
Dirigido por Kevin Reynolds (O
conde do Monte Cristo, Robin Hood: O príncipe dos ladrões), o filme conta um roteiro imparcial capaz de prender o
espectador. É importante falar sobre a temática que aborda fanatismo e
fé de forma bonita e interessante, sem catequizar o espectador.
A Fotografia e a Direção de
Arte são primorosas, já a trilha sonora peca na falta de grandiosidade, ainda
mais se tratando de um filme épico.
“Ressurreição” reúne no elenco
Joseph Fiennes (Shakespeare Apaixonado), Tom Felton (Harry Potter), Peter Firth
(Caçada ao Outubro Vermelho e MI-5) e Cliff Curtis (Fear the Walking
Dead).
MUNDO CÃO POR ALÊ SHCOLNIK
“Mundo Cão” conta a história de Santana que trabalha recolhendo cachorros abandonados para o Controle às
Zoonoses. Ao resgatar um rottweiler
abandonado acaba entrando em um jogo de gato e rato com o dono do bicho.
O filme se passa
em 2007, antes de ser sancionada a lei que proíbe o sacrifício de animais abandonados, na Zoonoses após três dias de “hospedagem”.
Com boas doses
de violência psicológica, o filme resgata o lado mais primitivo do ser humano.
Com uma
proposta interessante, “Mundo Cão” tem ótimas atuações e um roteiro que foge da
temática que é abordada inicialmente. Ainda assim, o diretor Marcos Jorge (Estômago) consegue
nos envolver com sua trama.
A violência exibida
em 'Mundo Cão' é a mesma existente no nosso dia a dia, é como um vírus que
contamina e transforma todos das formas mais inimagináveis possíveis, do mais
ingênuo ao mais experiente.
Cada relação mostrada e personagem presente tem um tratamento
diversificado, transportando para a tela o sentimento de impunidade e impotência.
Se não podemos mudar e ter o controle do mundo, porque não abraçá-lo
com toda sua loucura e raiva e darmos a ele nossa cara o máximo possível?
quarta-feira, 9 de março de 2016
TUDO VAI FICAR BEM - CRÍTICA EM BREVE
Em uma manhã chuvosa de inverno, um escritor chamado Tomas está dirigindo seu carro numa estrada no interior com pouca visibilidade. De repente, ele atropela por acidente uma criança que descia de trenó uma colina. Quem seria o culpado do fatal acidente? O motorista que está dirigindo tranquilamente? O jovem Christopher, que devia ter cuidado melhor de seu irmão menor? Ou a mãe deles, Kate, que podia ter chamado as crianças para entrar em casa mais cedo? Tomas entra em depressão e toda a sua vida acaba perdendo o sentindo após o terrível acidente. Ele termina seu relacionamento com sua namorada Sara por causa da pressão e decide apenas continuar escrevendo baseando-se em experiências que incluem o luto dos outros. Ele tenta achar novamente sentido em sua nova vida, enquanto forma sua própria família com Ann e sua filha Mina e continua acompanhando Kate e Christopher, até que, com 17 anos de idade, o jovem decide confrontar o estranho que só viu uma vez naquela noite fatídica. "Tudo vai ficar bem" fala sobre culpa e a busca pelo perdão, mostrando que não é o tempo sozinho que cura as feridas, mas a coragem de enfrentar a realidade e perdoar, especialmente a si mesmo.
A SÉRIE DIVERGENTE: CONVERGENTE POR ALÊ SHCOLNIK
A sociedade baseada em facções, na qual Tris Pior acreditou
um dia, desmoronou pela violência e por disputas de poder. Agora, Tris terá de lidar com
novos desafios e se vê mais uma vez forçada a fazer escolhas que exigem
coragem, fidelidade, sacrifício e amor.
O filme aborda
a questão do poder e da padronização do ser humano, superficialmente, o
terceiro filme da franquia Divergente é mais um jogo de poder, como tem acontecido
em outros filmes do gênero, “Jogos Vorazes” é um deles. A questão politica é
boa, porém mal desenvolvida, é tudo muito superficial.
O saga para atravessar o muro acontece, como
esperado, mas o encontro com o que vêm depois é um labirinto com pouca ação e
mais romance.
Miles Teller
é quem dá um toque cômico a série e ao filme. Cabe a ele, as boas tiradas, além
das caras e bocas do personagem.
Naomi Watts,
Octavia Spencer e Jeff Daniels dão dá credibilidade a franquia, encabeçando o time pela luta do poder.
A direção de
Robert Schwentke é fraca, assim como o roteiro que também é previsível. A Fotografia
e os Efeitos Visuais se destacam pela beleza e destreza.
A série Divergente:
Convergente é o tipico filme blockbuster, como esperado pelo público. É filme para
comer pipoca! Não esqueça seu combo!
LITTLE BOY - ALÉM DO IMPOSSÍVEL POR ALÊ SHCOLNIK
Dirigido pelo diretor mexicano Alejandro Monteverde, “Little boy: Além do impossível” é um filme bonito que trata de temas universais como amor, família e fé.
Drama leve que se passa nos anos 40 em uma pequena cidade dos Estados Unidos onde vive o pequeno Little Boy de 8 anos, alvo de bullying devido a sua baixa estatura. Seu pai é seu melhor e único amigo. Sua vida é marcada quando sele vai para a Guerra. Com os passar dos tempos o pequeno conhece um japonês com quem aprenderá muito sobre a vida.
São 106 minutos com um roteiro simples, amarradinho e bonito utilizando de fatos históricos (2° Guerra Mundial e Pearl Harbor) e fés religiosas, sem pregação. “Little boy: Além do impossível” é, acima de tudo, um filme sobre ensinamentos, acima de tudo.
Bem caracterizado com uma bela Direção de Arte, o filme é gracioso talvez pelo fato de utilizar de muitos elementos que a Disney usa como a fotografia ensolarada e os posicionamentos de câmera.
Cheio de lições de fé, “Little boy: Além do impossível” emociona o espectador.
O filme conta com boas atuações de todo o elenco. Destaque para o pequeno Jakob Salvati que tem grande carisma e muito talento.
quarta-feira, 2 de março de 2016
FICA COMIGO POR ALÊ SHCOLNIK
“Fica comigo” reúne três histórias envolvendo moradores de um prédio de periferia. Em comum a todas elas, a solidão que envolve os personagens. As tramas correm em paralelo, sem que os personagens se cruzem.
Um
homem sozinho se envolve com uma enfermeira, um adolescente acaba se tornando amigo de uma
grande estrela de cinema e uma mulher idosa acolhe em sua casa um astronauta
americano, vindo diretamente do céu.
A comédia
francesa segue o estilo surrealista na trama onde a montagem reforça o aspecto da
solidão, é um rito de passagem dos três
personagens que aborda o individualismo e a falta de gentileza e solidariedade no mundo atual .
Objeto raro na vida moderna, fez com que o diretor e
roteirista Samuel Benchetrit buscasse o equilíbrio na trama com uma certa
ternura e melancolia, onde a urbanização
é fundamental na trama para o seu desenvolvimento.
No meio
disso tudo, há um choque cultural inusitado entre um americano e uma árabe, o que
inclusive, rende as melhores piadas do filme, que aposta num tipo de humor
lacônico.
Com
Isabelle Huppert, Valeria Bruni Tedeschi e Michael Pitt .
O filme fez parte da Seleção Oficial do Festival de Cannes de 2015.
ZOOLANDER 2 POR ALÊ SHCOLNIK
A continuação
da comédia "Zoolander" chega aos cinemas com seu tom irônico capaz de satirizar
até os filmes de espionagem.
Os ex-modelos mais famosos do mundo, Derek
Zoolander (Ben Stiller) e Hansel (Owen Wilson) foram humilhados em um desfile e
sumiram dos holofotes. Mas quando as personalidades mais bonitas do mundo
começam a ser assassinadas, uma top model especializada em fotos de biquíni
(Penélope Cruz) pede a ajuda da dupla para investigar o caso. Logo, Zoolander e
Hansel se infiltram nos bastidores da alta costura para combater os ataques de
Mugatu (Will Ferrell).
Como no
primeiro filme vemos claramente uma sátira à industria da moda. Ben Stiller
assume mais um vez a direção e nos leva novamente a esse mundo ironizando em
tudo que consegue: plus size, moda praia, trabalho escravo, egocentrismo e o
narcisismo que a indústria constrói.
O roteiro é previsível e bobo. O que levanta a bola do filme são as participações especiais
que são ótimas, além disso há também referências cinematográficas e de séries
de tv que agradam bastante.
Com uma diferença
de quinze anos entre os dois filmes, nada mudou no estilo e na estética que, inclusive, tem referência à Cultura Pop. A trilha sonora condiz com o tempo e
complementa bem o filme.
“ Zoolander
2” é o tipico filme pipoca que atrairá grande público por conta dos atores.
Bom filme e
não esqueça a pipoca!
UM HOMEM ENTRE GIGANTES POR ALÊ SHCOLNIK
Baseado em fatos reais, “Um Homem entre Gigantes”
conta como o Dr. Bennet Omalu (Will Smith), legista
formado em neuropatologia forense, diagnosticou um severo trauma cerebral em jogadores
de futebol americano. Investigando o assunto, Omalu descobre se tratar de um
mal comum entre os profissionais do esporte. Determinado a reverter o quadro e
expôr para o mundo a grave situação, ele trava uma guerra contra a poderosa NFL. No meio
disso, sua vida pessoal sofre consequências.
“Um
Homem entre Gigantes” conta com a direção competente de Peter Landesman, que vai
direto ao ponto com um roteiro simples e objetivo, a trama é envolvente,
bonita, capaz de mostrar como o sistema é brutal com quem vem de baixo. O filme
conta também com bons diálogos que utilizam do humor para aliviar o drama.
Will Smith está bem em cena, mas o ator esquece do sotaque com tempo.
Com boas atuações, o longa contesta como a saúde
do jogador de futebol americano é conduzida pelos poderosos.“Um Homem entre Gigantes”
expõe abertamente a postura assumida pela NFL em
relação a CTE. O filme questiona não só a
liga de futebol americana, mas o comportamento humano em prol da ganancia.
MEU AMIGO HINDU POR ALÊ SHCOLNIK
“O que você vai assistir é uma história que aconteceu comigo e a conto
da melhor forma que eu sei.” Assim o diretor Hector Babenco abre o filme que
retrata sua biografia.
Inspirado em eventos de sua vida, “Meu amigo Hindu” nos apresenta um
pouco da sua vida particular entre família e amigos, mas esse não é o foco do
filme, é o diagnóstico de um grave câncer
que leva o diretor a ser submetido a um transplante de medula óssea.
Ali, no meio da sua recuperação, entre a vida e morte, surge o desejo de
fazer mais um filme, assim a luta pela vida parece maior. Ainda no hospital, ele conhece um menino hindu de apenas
oito anos, que também está internado. Logo Diego passa a vivenciar com ele aventuras
fantasiosas, inspiradas no cinema, que ajudam a suportar a dura realidade que
os cerca.
Infelizmente, Babenco derrapa neste misto de fantasia e biografia. As
atuações não agradam nenhum um pouco, inclusive pela escolha da língua em que foi
filmado.
Quem se salva o filme é o protagonista Willem Dafoe, que literalmente
carregaa obra, além dele Selton Mello é quem está mais a vontade em cena e nos
presenteia com a ótima atuação inspirada no filme “O Sétimo Selo”.
Os bons momentos são aqueles que justamente trazem Selton Mello como um
mensageiro da morte e a bela sequência final, com Bárbara Paz dançando “Singing
In The Rain” em uma noite tempestuosa. No entanto, o sentimento de desejo pela
vida está à espreita somente nesses poucos instantes e, por incrível que
pareça, o “amigo hindu” que nome ao
filme, é justamente o que há de mais avulso em um filme que pretende rever essa
relação inusitada entre um adulto e uma criança, vivenciada pelo próprio
Babenco em suas sessões de quimioterapia.
50 TONS DE PRETO POR ALÊ SHCOLNIK
Produzido pela mesma equipe dos sucessos “Inatividade
Paranormal” e “As Branquelas” estrelado por Marlon Wayans, agora, também protagonista
da comédia “50 Tons de Preto” nos leva a inevitável paródia de “50 Tons de
Cinza”.
No filme, Christian Black (Marlon Wayans) é um empreendedor
de sucesso com um passado obscuro e gostos bem peculiares. Quando conhece a
Hannah Steale (Kali Hawk), ele fica obcecado por ela e tenta fazer com que ela
se submeta a todos os seus desejos (sexuais, é claro).
A
paródia do drama romântico
apresenta uma relação complexa e intensa entre uma jovem virgem e sonhadora e um empresário que revela seu interesse pelo sadomasoquismo. O filme tem potencial para uma boa comédia, porém o roteiro fraco
e as piadas escatológicas e exageradas fazem da trama cheia de altos e baixos.
Com muitas referências cinematográficas e
musicais também nos diálogos, o filme
satiriza outros filmes do gênero.
“50 Tons de Preto” até diverte,
dá para dar boas risadas, apenas.
Bom filme e não esqueça a pipoca!
A BRUXA POR RÔMULO DE SÁ PEREIRA
Nova Inglaterra, década de 1630. William e Katherine levam uma vida cristã com suas cinco crianças, morando á beira de um deserto intransitável. Quando o filho recém nascido deles desaparece e a colheita falha, a família sofre uma transformação. Por trás de seus piores medos, um mal sobrenatural se esconde no bosque ao lado.
Ambientado na região da Nova Inglaterra, costa
noroeste dos Estados Unidos, nos anos 1630 (cerca de 60 anos antes do
famigerado julgamento das Bruxas de Salem), a estreia do diretor e roteirista
Robert Eggers não é o tradicional filme de terror que povoa as salas de cinema.
Não são muitos os sustos. Mas isso não quer dizer que
não seja assustador. Longe disso. É aterrorizante. Muito em conta do perfeito
realismo da produção. Atento aos mínimos detalhes, Eggers e sua equipe
reproduziram em mínimos detalhes como seria viver na época: as roupas
costuradas com lã de carneiro, a casa de pau a pique com seu telhado de palha,
os instrumentos da cozinha, o inglês arcaico dos diálogos e a fotografia, que
remete a Barry Lyndon, de Stanley Kubrick, toda feita com luz natural ou de
velas.
Na trama, uma família cristã puritana é expulsa de sua comunidade
por causa de desavenças religiosas de seu patriarca (Ralph Ineson, de Game of
Thrones e pequena participação nos filmes de Harry Potter). Em seguida, ele,
sua esposa (Kate Dickie, a Lysa Arryn de Game of Thrones) e os cinco filhos, se
instalam em uma pequena fazenda nas margens de uma floresta. Mais adiante, o
bebê da família desaparece quando brinca com Thomasin (Anya Taylor-Joy), a
protagonista e filha mais velha do casal, o milho plantado apodrece, um dos
membros da família é possuído e a figura da bruxa do título põe à prova a tão
aplicada fé do clã.
Além da ambientação, “A Bruxa” é um filme incrível por
trabalhar tão bem os símbolos tradicionais da bruxaria (o agourento bode preto,
a lebre, o corvo…) e representá-los de formas simples, mas, ao mesmo tempo,
aterrorizantes. Outra força do filme é não ser simplesmente somente um terror,
mas também um drama de época. Traz questionamentos sobre liberdade religiosa e
de escolha e também sobre o preço que se pode pagar por se seguir uma fé
totalmente cega. Por fim, é também um filme de formação, com Thomasin
descobrindo seu corpo e passando de menina para mulher, questionando o modo de
vida instituído por seus pais e se tornando ciente do vasto mundo ao seu
redor.
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