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quarta-feira, 16 de março de 2016

CEMITÉRIO DO ESPLENDOR POR RÔMULO DE SÁ PEREIRA


Em seu mais novo filme o diretor e roteirista tailandês Apichatpong Weerasethakul continua fundindo fantasia com realidade, transformando o fantástico e o sobrenatural em algo totalmente corriqueiro. 

Os personagens de “Cemitério do Esplendor” lidam com o sobrenatural e o místico de maneira totalmente natural. Uma doença que faz soldados entrarem e saírem aleatoriamente de um estado de coma, espíritos e divindades fazem parte do dia a dia assim como sentar em um parque e fazer uma refeição (e em alguns momentos dividir essa refeição com algum ser inexplicável).

Na trama (se é que dá pra descrever uma), Jen (Jenjira Pongpas) é uma senhora deficiente que é voluntária em um hospital do exército, montado em uma antiga escola.  Ela tem uma perna mais curta que a outra e, por isso, usa um sapato com salto gigantesco, além de muletas.

 Neste hospital, ela e outras enfermeiras tomam contam de soldados com uma estranha condição (a tal que os fazem sair e entrar de um estado de sono profundo). Solitária, ela se aproxima do soldado Itt (Banlop Lomnoi), que também é só, já que não é visitado por sua família. Contam as histórias que a escola foi construída em cima de um antigo palácio real e cemitério de guerreiros, que estariam utilizando os soldados vivos para, no campo dos mortes, lutarem suas batalhas.


“Cemitério do Esplendor,” assim como os outros trabalhos de Weerasethakul, é totalmente divisivo. Uns irão se maravilhar com o jeito que o diretor sutilmente usa uma história totalmente “sem pé nem cabeça” para para apresentar sua solitária protagonista. Outros irão sair do cinema, reclamando que o que estão assistindo não faz sentido algum.   


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