Ancorado por um
grande elenco, mesmo com algumas figuras atuando no automático (caso de Gary
Oldman e seu diretor da CIA Quaker Wells, e de Tommy Lee Jones fazendo Dr.
Franks), Mente Criminosa é incrivelmente eficiente quando se propõe a ser
somente o que deveria ser, um thriller psicológico de espionagem e ação. E
talvez esse sucesso já fosse esperado, já que o filme foi escrito pela
dupla Douglas Cook e David Weisberg, dos noventistas "A Rocha" e "Risco
Duplo".
A abertura do longa que traz o espião Bill Pope (Ryan Reynolds) em uma perseguição entre gato
e rato pelas ruas de Londres, deixa a impressão de que esse é mais um
pastiche da Trilogia Bourne. Mais tarde, quando Pope é gravemente ferido e
suas lembranças são transferidas para o maníaco Jericho Stewart (Kevin
Costner), o que se espera é uma versão moderna de "A Outra Face", de John
Woo, (filme em que os inimigos John Travolta e Nicholas Cage trocam seus
rostos e passam a viver a vida um do outro), mas não é isso o que
acontece.
"Mente Criminosa" segue
por um outro caminho mais original. A partir do segundo ato, o filme de
Ariel Vromen ("O Homem de Gelo"), foca nos conflitos de Jericho, o maníaco violento
que luta para afastar de sua mente o espião bem intencionado.
O filme derrapa e, a
partir daí, se torna totalmente desequilibrado, quanto entra em cena o
componente emocional. A relação de Jericho com a família de Pope é totalmente inverossímil, e não de uma maneira boa, já que o filme se leva a sério. Não há o que Costner
e Gal Gadot, que interpreta a esposa Jill Pope, possam fazer. A pressa com que
é construída a relação põe tudo a perder, apesar do ótimo trabalho dos
dois atores.
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